O setor de transporte e logística ainda passa por um ciclo de demissões relacionado à crise, mas o ritmo de desligamentos já mostra sinais de desaceleração, acompanhando o processo de saída da recessão no Brasil. O crescimento de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2017, embora modesto, reativou a demanda por serviços de deslocamento na economia, o que explica, em parte, a redução do saldo de desligamentos na atividade transportadora.
Segundo dados do Ministério do Trabalho, as empresas de transporte e logística fecharam 10.676 vagas em 2017 e encerraram o ano com 2.157.407 postos de trabalho preenchidos, 0,5% menos que o ano anterior.
Para comparar, em 2016, ano mais severo da recessão econômica brasileira para o transporte, foram cortados 105.486 postos. Naquele ano, houve diminuição de 4,6% no número de vagas no setor, em relação a 2015.
Em alguns segmentos, as contratações já superam as demissões, com acréscimos no número de empregos formais. É o caso, por exemplo, do segmento de atividades auxiliares ao transporte, que registrou criação líquida de 3.216 vagas em 2017, em serviços relacionados a carga e descarga, depósitos de mercadorias e operações de transporte multimodal. O segmento ferroviário também teve saldo positivo, com acréscimo de 920 vagas em 2017, após já ter gerado um saldo positivo de 1.540 vagas em 2016.
A evolução das contratações e demissões no setor como um todo é fortemente impactada pelo desempenho do transporte rodoviário, que responde por cerca de 60% da matriz de transporte brasileira. Em 2017, as empresas do segmento fecharam 13.627 postos de trabalho, número bem inferior ao de 2016, quando foram cortadas 84.655 vagas.
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