Rio de Janeiro ultrapassa São Paulo em roubo de cargas
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Relatório compilado pela Nstech mostra o estado do Rio de Janeiro com 45,8% dos prejuízos totais com roubo de cargas no Brasil

O Estado do Rio de Janeiro superou São Paulo em casos de roubo de cargas entre julho e setembro deste ano. A nstech, empresa que desenvolve softwares para a cadeia de suprimentos, divulgou o dado com base em informações das três gerenciadoras de risco do grupo: BRK, Buonny e Opentech.

De acordo com o relatório “Análise de Roubo de Cargas” da nstech, as viagens pelas estradas do Rio de Janeiro representaram 45,8% dos prejuízos totais com roubo de cargas no Brasil, um aumento em relação aos 12,7% registrados no mesmo período do ano anterior. São Paulo, que antes liderava como o polo mais crítico nessa questão, reduziu sua participação de 42,1% para 36,6%. Em Minas Gerais, o decréscimo foi ainda mais significativo, caindo de 26,7% para 7,1%.

Além disso, outros Estados também reduziram os índices de roubo de carga no último trimestre. Por exemplo, na Bahia, a participação, que era de 3% do total de sinistros desse tipo no País, caiu para 2,5%. No Paraná, o índice diminuiu de 4,3% para 1,6%. Goiás reduziu de 2,1% para 1,4%, Pernambuco de 1,9% para 1% e Alagoas de 1,9% para 1%.

Em contrapartida, alguns Estados registraram aumentos nos roubos de carga entre julho e setembro deste ano. No Ceará, a participação, que era de 0,8% desses crimes no Brasil, subiu para 1,6%. Ademais, no Maranhão, o índice também cresceu, passando de 0,9% para 1,3%.

Sudeste concentra quase 90% dos roubos de carga no Brasil

Conforme o relatório da nstech, a região Sudeste registrou aumento no percentual de prejuízos com roubo de cargas, impulsionado pelo crescimento na criminalidade no Rio de Janeiro. O índice subiu de 83,6% no terceiro trimestre de 2023 para 89,5% no mesmo período deste ano.

Por outro lado, o Nordeste apresentou uma redução de 1,7% na comparação entre os dois trimestres. Já na região Sul, o percentual caiu de 5,1% do total de prejuízos em 2023 para 1,6% em 2024. Além disso, o Centro-Oeste também registrou queda, passando de 2,1% para 1,4% no mesmo intervalo de comparação.

Todavia, no Norte, as operações gerenciadas pela nstech não registraram nenhuma ocorrência no terceiro trimestre de 2024.

SP-330 é a rodovia de maior risco

As áreas urbanas registraram os maiores prejuízos por roubo de cargas, especialmente em transportes de produtos fracionados e gêneros alimentícios. No terceiro trimestre de 2024, a sinistralidade nos trechos urbanos aumentou significativamente, passando de 17,5% no mesmo período de 2023 para 40%.

No transporte urbano, as cargas fracionadas representaram 66,7% dos prejuízos, seguidas por alimentos, com 24,7%. As rotas urbanas mais afetadas foram RJ x RJ (40,5%), RJ x SP (15,2%) e SP x SP (13,9%). No município do Rio de Janeiro, as abordagens somaram 55,6% do total de prejuízos em áreas urbanas, enquanto Japeri e Duque de Caxias ficaram em segundo e terceiro lugares, com 10,6% e 7,8%, respectivamente. Em São Paulo, os municípios de Sumaré e da capital paulista responderam por 10,1% do total sinistrado.

A SP-330 liderou em prejuízos por roubo de cargas durante o terceiro trimestre de 2024, concentrando 14,8% dos valores sinistrados. Em seguida, vieram a BR-116, com 12,9%, e a BR-101, com 5,6%. Os trechos que ligam SP x SP e GO x SP juntos representaram 62,4% dos prejuízos na rodovia. As tardes foram os períodos mais vulneráveis, acumulando 53,4% dos prejuízos, enquanto as segundas-feiras são os dias mais críticos, com 41,4% dos sinistros. As cargas mais visadas foram as fracionadas (41,1%), alimentos (34%), eletrônicos (12,6%) e bebidas (12%).

A BR-116 ocupou o segundo lugar entre as rodovias com maior percentual de sinistros no 3T24, com 12,9% dos prejuízos. No trecho RJ x MG, ocorreram 44,9% dos sinistros. Aproximadamente 40% das ocorrências aconteceram às quartas-feiras, com maior vulnerabilidade durante a noite (53,9% dos registros). Além das cargas fracionadas, as quadrilhas atacaram operações com produtos de higiene e limpeza, que juntos somaram 96,3% do valor sinistrado na BR-116.


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