O aquecimento da economia mundial começa a gerar reflexos positivos para o setor transportador do Brasil. Conforme o boletim Conjuntura do Transporte – Macroeconomia, trabalho inédito lançado nesta quarta-feira (31/01) pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), em 2017, aumentou o volume de transações comerciais no mundo. Isso contribuiu para um resultado positivo recorde de US$ 217,7 bilhões na balança comercial brasileira: as exportações expandiram 18,5% em 2017, na comparação com 2016; enquanto as importações aumentaram 10,5%.
Esse crescimento gera impactos positivos na demanda por serviços de transporte. O efeito ocorre porque se elevam os deslocamentos de produtos a partir das regiões produtoras – especialmente commodities – com destino a outros países; e dos portos, quando as mercadorias vêm do exterior, com destino aos centros de consumo brasileiros.
Números do FMI (Fundo Monetário Internacional) também apontam para resultados positivos na economia. Cálculos da organização internacional indicam um crescimento de 3,7% no PIB (Produto Interno Bruto) mundial e de 1,1% no Brasil para 2017. E as projeções são de que, em 2018 e em 2019, os resultados sigam positivos.
“Uma vez que o transporte, ao facilitar o deslocamento de cargas e de passageiros no território nacional, fornece serviços para todas as áreas da economia, a melhoria do PIB, em 2017 e nos próximos anos, deverá impactar positivamente o setor, que foi severamente prejudicado pela recessão de 2015-2016”, destaca o boletim da CNT.
Contudo a análise da Confederação Nacional do Transporte afirma que o momento é de “otimismo moderado, uma vez que a continuidade do processo de recuperação da economia brasileira depende fundamentalmente da solução de alguns entraves, tais como a aprovação da Reforma da Previdência, a retomada dos investimentos públicos em infraestrutura, a intensificação dos programas de concessões e o prosseguimento com as reformas essenciais do Estado, como a simplificação do sistema tributário”.
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