Restrição reduz frota de caminhões na cidade de SP
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09 de Setembro de 2011 – 10h00 horas / Estado de S. Paulo
A frota de caminhões na cidade de São Paulo não para de cair, em um movimento contrário ao dos outros veículos. Estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) revelam que em julho 157 mil caminhões estavam emplacados na capital, cerca de 5 mil a menos do que em junho de 2008, mês em que a Prefeitura começou a limitar a circulação desses veículos.
Depois disso, o número de camionetes e utilitários, como peruas e vans, cresceu 29%, consolidando-se como uma das principais opções para o transporte de cargas na cidade. No período, essa frota subiu de 572 mil para 739 mil. As restrições aos caminhões são apontadas por representantes das transportadoras como a razão para a migração de suas frotas para os utilitários.
“Era previsível. O setor, para seguir abastecendo o centro, teve de largar os VUCs (veículos urbanos de carga) e investir em vans. Foi um erro aumentar as restrições para os VUCs, caminhões menores e próprios para esse tipo de serviço“, diz Adauto Bentivegna Filho, diretor executivo do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região (Setcesp). Os VUCs – de até 6,3 metros de comprimento – só podem circular pela Zona Máxima de Restrição a Caminhões (ZMRC), menor que a área do rodízio, entre 10h e 16h nos dias úteis.
Mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP), o engenheiro Sergio Ejzenberg analisa a questão sob outra ótica. “Cada caminhão equivale a duas ou três vans, ou seja, o impacto da substituição no trânsito é pequeno.“ Ele ainda diz que para estacionar um caminhão é preciso ao menos duas vagas, o que é quase impossível durante o dia nas vias da cidade.
Segundo Bentivegna Filho, entre 2008 e 2011, o uso de utilitários pelas empresas de carga aumentou 22% na capital. Já o de caminhões caiu 5%. A aquisição dos veículos e de mão de obra adicional – são necessários mais motoristas para dirigir as vans – levou a um crescimento do frete em torno de 18% no primeiro ano da restrição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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