Como os clientes não aceitam entregas noturnas e os caminhões estão proibidos das 9 às 22 horas, a transportadora teve de adotar um percurso alternativo de 140 quilômetros (só ida), que pode levar até três horas.
A cerca de 300 metros da Marginal Tietê (sentido Castelo Branco), a TDB seguia direto pela marginal até muito próximos dos clientes. Hoje, tem de ir no sentido Guarulhos, pegar a Avenida Jacupêssego, o Rodoanel (trechos Sul e Oeste) e na sequência a Castelo Branco ou Anhanguera para chegar a Barueri e Osasco.
“A Jacupêssego é na verdade um quebra-galho do trecho Leste do Rodoanel, uma via periférica, muito complicada, sem segurança, com lombadas, faróis e uma faixa esburacada para caminhões”, reclama o diretor da TDB, Thiago Menegon.
Além de mais combustível e pneus, a transportadora passou a gastar mais com pedágio. “Antes eu pagava somente na entrada de Osasco, pela Castelo. Agora pago para entrar no Rodoanel Sul e para sair, além daquele que já pagava na Castelo”, ressalta.
Menegon diz que o cálculo de 12% de aumento de custo é uma estimativa ainda conservadora, já que não inclui despesas de hora-extras com motoristas, que estão gastando mais tempo para chegar ao destino.
Para atender os grandes clientes de Barueri e Osasco, a transportadora utiliza tocos e carretas. Mas também possui uma frota de VUCs e caminhonetas já que desde 2009 os caminhões estão proibidos na Marginal Pinheiros, o que inviabilizou a distribuição para outras áreas da Grande São Paulo por meio de veículos maiores.
Menegon conta que não tem como arcar com o aumento de custo e que está renegociando contratos com os clientes.
Com uma frota de 23 veículos próprios e cerca de 20 terceirizados, a TDB concentra 80% da sua operação na Grande São Paulo, recebendo cargas do interior do Estado, da Bahia, do Sul e de Goiás.
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