Quem protege os maus ofende os bons
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Há muitos anos venho constatando e afirmando que um dos maiores problemas da liderança é a complacência. Líderes complacentes com o erro, com a desídia, com os malfeitos, desmotivam aqueles liderados que procuram fazer e dar o melhor de si, buscando a excelência no que fazem.

Há um ditado latino que diz: “Bonis nocet, qui malis parcit”. Esse ditado é repetido em vários países e em vários idiomas: “Who pardons the bad, injuries the good” na Inglaterra e nos Estados Unidos. “Chi perdona ai cattivi, nuoce ai buoni” na Itália; “Qui épagne le vice, fait tort à la vertu” na França; “Ofensa hace a los buenos el que a los malos perdona” na Espanha. Em nosso bom português é “Ofende os bons quem protege os maus”. Veja quanta verdade está inserida neste ditado!

Quando somos complacentes e protegemos quem não é bom, estamos, na verdade, ofendendo os que são verdadeiramente bons.

Veja na empresa. Quando protegemos funcionários que não são comprometidos, que não querem aprender e crescer, que não atendem bem, que não participam de nossa visão e nossas crenças, estamos, na verdade, punindo os bons, aqueles que são comprometidos, que se esforçam, que são competentes, que atendem bem, que compartilham de nossa visão e nossas crenças. É ou não verdade?

Quando um chefe vê um trabalho mal feito e não chama a atenção do subordinado, está na verdade ofendendo quem faz bem feito. Quando um funcionário atende mal a um cliente e não é chamado a atenção ou punido pelo seu chefe, esse chefe está na verdade, indiretamente, punindo quem atende bem os clientes.

E nada é mais desmotivador do que a injustiça de vermos pessoas erradas sendo tratadas da mesma forma que as pessoas certas. Nada é mais desmotivador do que vermos pessoas desonestas sendo tratadas da mesma forma que as honestas. Nada é mais desmotivador do que a injustiça e a impunidade.

Da mesma forma é com os clientes. Ofende os bons clientes, a empresa que não faz diferença entre os bons e os maus e trata os maus da mesma forma que os bons. Clientes que não pagam em dia, que não obedecem às instruções e especificações de uso de nossos produtos, comprometendo nossa marca, não podem ser tratados da mesma forma que os que são realmente comprometidos com o nosso sucesso como empresa.

Lembre-se: Quem protege os maus ofende os bons!

Faça um exame de consciência e veja se você não está cometendo essa injustiça.

Pense nisso. Sucesso!


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