Compartilhe
04 de Novembro de 2014 – 05h17 horas / ZH

Acordado entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o aumento do limite de velocidade em rodovias federais gaúchas deve ser colocado em prática a partir do próximo verão em quatro BRs: 158, 285, 290 e 472. Nas três primeiras, a máxima permitida será de 110 km/h; na 472, de 100 km/h. Os trechos ainda não estão definidos.

A PRF e o Dnit não acreditam que a alteração eleve a possibilidade de acidentes, já que, na prática, muitos veículos trafegam a 110 km/h. Além disso, as estradas estariam em boas condições. Engenheiros da autarquia federal e chefes de fiscalização da polícia rodoviária vão entregar relatórios sobre os pontos que podem ser mexidos. Com base neles, as obras de sinalização devem começar ainda em 2014.

– Inicialmente, serão estas rodovias. Não podemos fazer nada na BR-116 agora, pois ela está sendo duplicada, e no sentido norte é uma curva dentro da outra, não tem como aumentar. Depois da duplicação, talvez. Até fevereiro devemos estar implantando alguma coisa – afirma o superintendente regional do Dnit, Pedro Luzardo.

Ainda não está definido quais serão as máximas para ônibus e caminhões, mas a tendência é que sejam menores do que as dos automóveis e motocicletas. As discussões começaram no dia 2 de outubro, e o acerto ocorreu hoje. Conforme a PRF, as áreas urbanas, curvas acentuadas e cruzamentos continuam iguais.

Alessandro Castro, chefe da Comunicação Social da PRF, explicou que a polícia fez uma avaliação dos trechos mais perigosos das rodovias para embasar a Operação Hermes, em que empregou mais de um radar no mesmo local, multando mais de 40 mil veículos. A PRF observou que há lugares em que pode ser possível aumentar a velocidade e outros em que o limite poderia ser reduzido, como em áreas urbanas, onde ocorrem muitos atropelamentos.

– Existe uma diferença de capacidade de frenagem e parada entre veículos leves e pesados. Era preciso diferenciar. Na fiscalização, constatamos que os 110 km/h são praticados e não é por causa disso que ocorrem as colisões. Estamos adequando a sinalização a uma realidade que a lei já prevê, considerando todo o avanço tecnológico que temos – ressalta o superintendente da PRF no Estado, Jerry Adriane Dias Rodrigues.

Para alterar o limite em uma via, é preciso examinar qual é a velocidade usada para projetar a estrada (a velocidade diretriz), que obedece a parâmetros que garantem a segurança da via. Aumentar a máxima implica em fazer uma reforma na estrada e adaptar as características técnicas da rodovia às normas.

Quando aumenta a velocidade, tem que alargar os acostamentos, e expandi-los de dois para três metros requer obras de terraplanagem. É necessário também alargar a faixa de tráfego. Uma faixa, normalmente, tem 3m50cm. Para velocidade acima de 80km, teria que aumentar para 3m75cm, como é na freeway.

Outras mudanças necessárias são nas curvas, — onde há uma inclinação, chamada superelevação, para compensar a força centrífuga, — e nas distâncias de área de ultrapassagem, para não tornar maior o número de colisões frontais.


voltar

SETCESP
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.