Para a concessionária Ecovias Imigrantes, a nova pista que será construída será suficiente para a demanda no litoral de São Paulo
A construção de uma quarta pista na Rodovia dos Imigrantes, no trecho de serra, não está nos planos da Ecovias Imigrantes. Segundo a concessionária, a terceira pista para a nova ligação Planalto–Baixada Santista, já em desenvolvimento, é suficiente para atender à demanda atual e às projeções para os próximos anos no litoral de São Paulo.
Com investimento estimado em R$ 6 bilhões, o projeto, que ainda passa por etapas de sondagens e estudos geológicos, deve ampliar em 25% a capacidade total do Sistema Anchieta–Imigrantes (SAI) e, no caso do tráfego de veículos comerciais, como caminhões e ônibus, a ampliação será ainda mais expressiva: 145%.
Escoamento da produção e acesso ao Porto
De acordo com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), a nova pista da Rodovia dos Imigrantes também será estratégica para o escoamento da produção destinada ao Porto de Santos. O traçado foi pensado para absorver tanto os congestionamentos registrados nos períodos de pico quanto o crescimento esperado no transporte de cargas.
A via terá 21,5 quilômetros de extensão, sendo 17 quilômetros em túneis e quatro em viadutos. Um desses túneis terá cerca de seis quilômetros, o que deve torná-lo o maior do tipo no Brasil. A pista terá inclinação de 4%, garantindo maior segurança na circulação de caminhões, carros e motocicletas. Embora seja projetada como pista de descida, a estrutura será reversível, podendo operar no sentido Capital em situações de maior fluxo. Os acessos foram planejados para atender motoristas que vêm do Rodoanel e facilitar o transporte em direção às duas margens do Porto de Santos.
Prazos
O cronograma aponta para o início das obras no segundo semestre de 2026, após a conclusão do projeto básico, do projeto executivo e do processo de licenciamento ambiental, previstos para os primeiros meses do ano. A entrega da nova pista deve ocorrer em 2031.
A Ecovias Imigrantes reforça, entretanto, que a construção da terceira pista não exclui outros projetos de mobilidade ou logística que venham a ser propostos pelo Governo do Estado, mas destaca que, por enquanto, não há necessidade de planejar uma quarta ligação no sistema de estradas.
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