Proporção de empresários com estoques adequados atingiu 55,3% em setembro, a maior desde julho de 2015
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25 de Setembro de 2017 – 02h44 horas / FecomercioSP

Conforme previsões da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a retomada da atividade econômica segue em curso no segundo semestre de 2017 e deve se intensificar até o fim do ano, como demonstram os principais indicadores da Entidade. Nesse cenário, o Índice de Estoques (IE) do comércio varejista na região metropolitana de São Paulo registrou alta de 3,3%, passando de 107,1 pontos em agosto para 110,7 pontos em setembro. Em relação ao mesmo mês de 2016, quando o índice atingia 99 pontos, houve um aumento de 11,7%. Assim, a proporção de empresários que considera seu nível de estoques adequado alcançou 55,3%, o maior patamar desde julho de 2015, e se mantendo acima dos 50% pelo quinto mês consecutivo, mas ainda abaixo dos 60% a 65% vistos em momentos de boas vendas.


Os dados compõem o Índice de Estoques (IE), da FecomercioSP, que capta a percepção dos varejistas sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas, e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.


A parcela de empresários que afirma estar com estoques acima do adequado se manteve estável de agosto para setembro, no patamar de 32,4%. Os que afirmaram estar com o nível de mercadorias abaixo do ideal recuou 1,6 ponto porcentual (p.p.), atingindo 12,3%. Em relação a setembro de 2016, a queda foi de 2 p.p.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, os indicadores de estoques, de forma geral, continuam em patamar melhor do que o passado recente, mas aquém do desejável de uma economia em sua plenitude (algo que ainda não ocorreu). Aparentemente, agora se abre uma boa janela para um ajuste mais profundo, principalmente com redução dos estoques excedentes para um patamar abaixo dos 30%. Nesse sentido, deve-se acompanhar o desempenho das vendas do varejo no Natal que podem surpreender positivamente.


Na visão da Entidade, os efeitos da crise política sobre a economia não foram tão fortes quanto se esperava, e essa resiliência é prova do potencial do País no curto prazo. Para a Federação, os indicadores de confiança, estoques e vendas já antecipavam, a cada uma de suas edições, a dissociação da crise política com a economia. Esse comportamento – somado a notícias de crescimento do PIB no segundo trimestre, leve queda do desemprego, queda dos juros, inflação sob controle, entre outros fatores – permite projetar uma retomada mais acelerada da atividade econômica na segunda metade do ano.


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