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08 de Março de 2016 – 03h59 horas / Transporta Brasil

A produção de caminhões no primeiro bimestre registrou 9,4 mil unidades, resultando em queda de 40,7% em relação ao mesmo período do ano passado, uma base de comparação já ruim. No caso dos ônibus a retração é 45,2%. “Esta é a pior crise da indústria de veículos comerciais do País”, afirma Luiz Carlos Gomes de Moraes, vice-presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e diretor de relações institucionais da Mercedes-Benz do Brasil.

 

Segundo a entidade, as fábricas do setor têm capacidade ociosa de 74%, maior que a de veículos leves (50%) e de máquinas agrícolas (48%). “Se considerarmos somente o primeiro bimestre a ociosidade chega a 80%”, afirma o presidente da Anfavea, Luiz Moan. Entre os caminhões, o único segmento com produção crescente no período foi o de semileves, com 269 unidades e alta de 22,3%.

 

 


LICENCIAMENTOS

 

As vendas no mercado interno de caminhões registraram 8,3 mil unidades no primeiro bimestre, revelando queda de 35,5% ante igual período de 2015. Moan chama a atenção para a média diária de emplacamentos, que de janeiro para fevereiro caiu de 220 para 214 caminhões por dia útil.
Os modelos médios tiveram o recuo mais expressivo, de 45,9%. Os caminhões pesados registraram quase 2,6 mil licenciamentos no bimestre e tiveram a menor queda, de 13%.

 

 


EXPORTAÇÕES

 

Nos dois primeiros meses de 2016 o Brasil enviou ao exterior 2,5 mil caminhões e anotou leve queda de 3,1% ante o primeiro bimestre do ano passado. Chama a atenção o embarque de 908 pesados, volume 17,3% maior que o anotado no primeiro bimestre de 2015. “Pode ser algo pontual porque as vendas ocorrem sempre em lotes, mas de qualquer forma parece um bom sinal e mostra o empenho da indústria em exportar”, diz Moraes.

 

 


ÔNIBUS

Do total de 2,7 mil chassis de ônibus produzidos no primeiro bimestre, 2,2 mil eram modelos urbanos, segmento que teve a queda mais acentuada, de 45,5%. Os 468 modelos rodoviários fabricados no período indicaram retração pouco menor, de 43,6%.

 

O mercado interno absorveu 1,7 mil ônibus no primeiro bimestre. A queda em relação ao mesmo período de 2015 é de 49,1%. Novamente, Moraes atribui o recuo à falta de confiança, que faz com que os empresários do setor adiem a renovação de suas frotas. A média diária de emplacamentos, que em janeiro foi de 52 ônibus, recuou para 39 em fevereiro.

 

Vem das exportações o melhor número registrado no bimestre para o segmento. O Brasil embarcou no período 848 ônibus, obtendo crescimento médio de 15,7%. O volume mais expressivo foi de modelos urbanos, com alta de mais de 60%. Já nos modelos rodoviários houve retração de 23,8%.


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