O pedágio começou a ser cobrado em trechos na BR-101 que cortam o Espírito Santo, na primeira hora deste domingo (18). Ao todo, são sete praças de pedágio distribuídas ao longo de 475 quilômetros sob a administração da concessionária ECO 101. Os motoristas reclamaram da lentidão que enfrentaram em alguns pontos da rodovia. Em Guarapari, na Grande Vitória, e em Aracruz, na região Norte do estado, o primeiro dia foi de filas e buzinaços.
As sete praças ficam localizadas em trechos de Pedro Canário, São Mateus, Aracruz, Serra, Guarapari, Itapemirim e Mimoso do Sul. Segundo a ECO 101, todas estão prontas, já foram testadas e aprovadas. A tarifa mais barata, de R$ 1,60, é cobrada em Mimoso do Sul. A mais cara, de R$ 3,80, é a de São Mateus.
A cobrança começou um ano após uma empresa privada assumir a administração da rodovia. Algumas melhorias já foram feitas e serviços como guincho e socorro médico são oferecidos aos que passam pela BR-101. Apesar dessas obras, a duplicação da via começa apenas em 2015. De acordo com a concessionária, metade da rodovia que corta do estado vai ser duplicada em cinco anos. Entretanto, o prazo para que todas as obras sejam completamente concluídas é de 24 anos.
A ECO 101 informou que a empresa irá se posicionar e divulgar um balanço do primeiro dia de cobrança, nesta segunda-feira (18).
Guarapari
Na praça de Amarelos, os motoristas estavam irritados com a fila. O empresário Matson Lírio acredita que as obras de ampliação da via deveriam acontecer antes da cobrança. “É revoltante, não tem, pista direito. Que cobrem, mas façam as obras primeiro. Só ganhar dinheiro é fácil, não tem estrutura para cobrar”, disse.
O valor da tarifa no município é de R$3,50. A cobrança também é feita ida e volta. Três cabines funcionam em cada sentido. “Eles deveriam aguardar atré amanhã ao menos. Fizeram no domingo já, fora que sete praças em 400 km é muita coisa e é muito caro. Sem dúvida que não vale a pena pagar, a estrada não oferece muitas condições para trafegar nela”, afirmou o motoboy Evandro do Nascimento.
Apesar das reclamações dos usuários da rodovia, o caminhoneiro José Ernandes Martins acredita que a mudança foi para melhor. “É justo, porque agora a gente vai andar em pista boa. Antes de privatizar, a gente usava uma rodovia muito ruim e agora melhorou. Corre o risco de acidentes. Com certeza vou pagar sem reclamar”, disse.
Serra
Na praça da Serra, durante a manhã houve retenção de veículos que seguiam sentido Vitória, mas sem muitos transtornos. Nas 11 cabinez e duas faixas de via expressa, os motoristas seguiram com tranquilidade.
Norte
Na região Norte do Espírito Santo, os motoristas que passaram pelo posto de Aracruiz relataram dificuldades ao passar pela praça. Os usuários da via afirmaram que o congestionamento foi formado, porque alguns motoristas não conseguiam fazer o pagamento da tarifa e os motoristas ficavam até 10 minutos no guichê. Em alguns momentos, os motoristas fizeram um buzinaço.
Em São Mateus, os produtores rurais relataram preocupação, porque os valores pagos pelo pedágio vão influenciar no seu preço final. Eles precisam levar os seus produtos até uma cooperativa, que fica do outro lado da praça de pedágio. “Esse impacto a gente vai ver no dia a dia a partir de agora. Só os ttrês caminhões, a gente estima R$60,00 por dia”, afirmou o presidente da cooperativa, Fábio Fioroti.
Sul
O movimento nas duas praças da região foi considerado tranquilo pelos motoristas. O trânsito fluiu no local, mas os motoristas reclamaram da conbrança, que veio antes das obras de duplicação da rodovia. “Mais um pedágio complica, pesa no bolso, porque são mais R$210,00 por mês”, disse um motorista que precisa passar pelo pedágio todos os dias.
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