O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), teve recuo de 0,13% no segundo trimestre na comparação com os três meses anteriores, informou o BC nesta segunda-feira, 12. Levantamento do Projeções Broadcast apontava mediana negativa de 0,40% para o indicador no período, com intervalo que ia de queda de 1,32% a taxa zero. Em relação ao mesmo segundo trimestre de 2018, houve alta de 0,85%.
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Banco Central prevê crescimento de 0,8% no PIB deste ano. Foto: André Dusek/Estadão
Esse resultado indica a possibilidade de recessão técnica da economia brasileira: o PIB no primeiro trimestre ficou negativo e, tecnicamente, dois trimestres seguidos de queda na atividade econômica configuram recessão técnica.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, que participa nesta manhã de um seminário sobre a Medida Provisória 881, da Liberdade Econômica, no Supremo Tribunal Federal, evitou comentar o indicador.
Em junho, o IBC-BR teve alta de 0,30%, na série com ajuste sazonal, depois de avançar 1,10% em maio (dado revisado). Foi a segunda elevação registrada no governo de Jair Bolsonaro. O aumento ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Broadcast Projeções, que esperavam resultado entre -1,02% e +0,70% (mediana em +0,10%).
Na comparação entre os meses de junho de 2019 e junho de 2018, houve baixa de 1,75% na série sem ajustes sazonais.
O resultado foi de alta de 0,62% na série sem ajustes sazonais no acumulado do primeiro semestre e de 1,08% nos 12 meses encerrados em junho. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2019 é de avanço de 0,8%.
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