Presidente do SETCESP apresenta propostas ao secretário dos Transportes
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05 de Maio de 2008 – 10h00 horas / Redação SETCESP
O presidente do SETCESP, Francisco Pelucio, esteve com o secretário Municipal dos Transportes Alexandre de Moraes, na semana passada, em 30 de abril, para falar dos impactos negativos caso seja implantada a restrição de circulação de caminhões na cidade de São Paulo.
Participaram da reunião Adalberto Panzan, presidente da Associação Brasileira de Logística (Aslog); representando a NTC&Logística, Geraldo Vianna e representantes de Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio), Associação Brasileira das Industrias Químicas (Abiquim) e do sindicato dos distribuidores de gás, entre outras instituições.
Francisco Pelucio argumentou que a proposta da prefeitura de restrição ao trânsito de caminhões de segunda a sexta-feira, das 5 horas às 21 horas, e aos sábados, das 10 horas às 14 horas, em área de 100 quilômetros quadrados não trará importante impacto aos congestionamentos de veículos, mas provocará, com certeza, aumento de custos nas operações logísticas e de transportes, da ordem de 13%.
Na oportunidade, o grupo entregou ao secretário o estudo técnico setorial: Logística e Abastecimento: Impactos da Proibição ao Tráfego de Caminhões em São Paulo. O documento, assinado por cerca de 30 entidades representativas de vários segmentos econômicos, é resultado das análises feitas pela comissão mista criada, em 14 de abril, na sede do SETCESP, com a participação de representantes de vários segmentos econômicos.
O documento analisa que a exclusão do Veículo Urbano de Carga (VUC) resultará num aumento de 500% da frota circulante durante o horário comercial, uma vez que o abastecimento não será prejudicado, mas a frota será substituída por veículos de menor porte.
Com referência a inclusão dos caminhões no rodízio de veículos nas Marginais do Tietê e de Pinheiros e Avenida dos Bandeirantes, das 7h às 10h e das 17h às 21h, de segunda a sexta-feira, o documento alerta para os impactos negativos da medida. “Resultará em uma situação ainda mais temerosa, ao não disponibilizar áreas de estacionamento antes e depois do sistema viário impactado pelas restrições, além de gerar custos adicionais e irrecuperáveis ao sistema produtivo da Grande São Paulo e ao corredor de exportação do Porto de Santos. Ademais, os custos de transferência, isto é, das operações de movimentação de grandes massas entre um único ponto de origem e outro único ponto de destino serão agravados em R$ 424,80 ao dia, o que representa mais de 20% sobre o frete em rotas inferiores a 200km que passem pela cidade para atingir seu destino”, consta no documento.
Sugestões O documento ainda apresenta as sugestões das entidades integrantes do grupo de estudo. São elas.
1 – Constituição de Câmara Técnica com a participação de técnicos da Secretaria Municipal dos Transportes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), dos representantes das entidades convidadas a opinar sobre o assunto, com a tarefa de negociar a implantação dos pontos consensuais para a melhoria da fluidez do trânsito de São Paulo.
2 – Lançamento de Campanha Educativa enfatizando a obediência ao estacionamento nas áreas de Zona Azul e à necessidade de remoção das caçambas de entulho do leito das vias públicas.
3 – Discussão em audiência pública da necessidade de adequação, a médio prazo, dos estabelecimentos comerciais para disponibilização de vagas para carga e descarga fora da via pública e da obrigatoriedade de funcionamento 24 horas de estabelecimentos de grande porte – acima de 10.000 m² – para as operações de carga e descarga, quando da concessão do alvará de funcionamento.
4 – Intensificação da fiscalização para identificação e retirada de circulação de veículos de transporte de carga que não ofereçam condições mínimas de segurança ao trânsito, seus condutores e tripulantes.

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