O Banco Central anunciou na última quarta-feira, 19, a primeira redução da Selic (os juros básicos da economia) desde outubro de 2012. Em decisão unânime entre os diretores, a taxa caiu de 14,25% para 14% ao ano.
A medida, em parte, reflete a queda de preços dos combustíveis – de 2,7% nos preços do diesel e de 3,2% para a gasolina nas refinarias – que além de gerar uma reação em cadeia na economia, com impactos em vários setores produtivos, contribui para ajudar a puxar a inflação para baixo.
Sem dúvida, essas são decisões relevantes para o transporte rodoviário de cargas, que terá um maior alívio nos seus custos operacionais. Estima-se que as despesas com diesel representam de 25% a 30% dos gastos médios das transportadoras.
No entanto, talvez o principal impacto da redução do valor do combustível seja a indicação de que o governo pretende entrar em sintonia com as políticas de preços internacionais do petróleo, fator que há muito era esperado pelos empresários do setor.
Ao seguir o mesmo padrão de preços adotado no mercado externo, assume-se a tão esperada política de preços transparente, sujeita a verificações e críticas, reduzindo as suspeitas sobre eventuais manipulações de preços por razões políticas.
Completado mais esse passo, espera-se que a fatores como responsabilidade e confiança permaneçam como o caminho certo para o país.
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