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27 de Fevereiro de 2014 – 11h57 horas / A Tribuna

Ela será o terceiro bolsão de estacionamento a atender os caminhões que transportam a safra agrícola com destino ao cais santista

 

O Porto de Santos ganhará mais um pátio regulador na próxima semana. A unidade, de propriedade da Rumo Logística (Grupo Cosan), que opera terminais açucareiros no complexo marítimo, fica em Sumaré, a cerca de 23 quilômetros de Campinas, no Interior do Estado. Ela será o terceiro bolsão de estacionamento a atender os caminhões que transportam a safra agrícola com destino ao cais santista.
 

O início das operações do pátio foi anunciado pelo ministro dos Portos, Antonio Henrique Silveira, na noite da última segunda-feira, durante reunião, em Brasília, com os ministros César Borges (Transportes) e Antônio Andrade (Agricultura) e representantes de produtores e exportadores agrícolas. O encontro teve o objetivo de analisar o impacto das ações do Governo para coordenar o escoamento da safra por Santos.
 

O novo bolsão fica no bairro São Judas Tadeu, em Sumaré, às margens da Rodovia Anhanguera. Ele deve ser credenciado pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária) até a próxima sexta-feira, informou a estatal. Até a última terça-feira, o registro dependia apenas da sincronização do sistema de informações do pátio com o Sistema de Gestão de Tráfego de Caminhões do Porto.


A princípio, a área terá um credenciamento “a título precário”, segundo a Docas. Isso ocorrerá pois a Autoridade Portuária exige que o pátio seja pavimentado. Atualmente, seu piso é de terra batida, mas a prefeitura local autorizou o funcionamento. A obra de pavimentação deve ocorrer após o período de escoamento da safra.
 

Apesar de pertencer ao Grupo Cosan, que tem terminais de açúcar em Santos, o pátio será aberto a qualquer carga e a qualquer operador com destino ao Porto, informou a Rumo Logística.
 

A empresa confirmou o início das operações para o próximo mês, “assim que a interface com o sistema da Codesp estiver finalizada”, e que a instalação irá operar 24 horas, terá 150 vagas estáticas e poderá receber 600 caminhões por dia.
 

A Rumo ainda comunicou que está investindo na automatização dos controles e a adequação da infraestrutura de seu terminal em Sumaré.

Hoje, os veículos de carga com destino a Santos contam com dois bolsões, ambos em Cubatão, o Rodopark e o Ecopátio – este último, da EcoRodovias, controladora da Ecovias, concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes, principal acesso rodoviário ao Porto.
 

Conforme o regramento de acesso ao cais santista, definido pela Docas, os caminhões com destino ao complexo deve agendar a chegada à região. E aqueles que transportam a safra agrícola devem passar pelos pátios reguladores instalados entre as zonas produtoras e a Baixada Santista. Destes locais, eles só devem sair quando o terminal portuário tiver condições de recebê-los.
 

Melhorias
 

Na reunião de segunda-feira, além do anúncio sobre o terceiro pátio, o ministro dos Portos afirmou que o sistema de agendamento da chegada dos caminhões aos terminais de granéis vegetais de Santos está funcionando, mas admitiu que ele precisa melhorar para reduzir os problemas urbanos causados pelo escoamento da safra. Ajustes são necessários, principalmente, em relação ao cumprimento da janela de seis horas estabelecida para a chegada dos caminhões aos pátios.
 

“Nesses pátios, os caminhões têm uma janela de seis horas que está sendo desrespeitada. Essa é uma gestão que temos que fazer”, disse o ministro.
 

Para ele, os terminais portuários têm de agendar a vinda de seus veículos e respeitar essa programação. “O fato de ter o agendamento não basta. Para despachar um caminhão, por exemplo, com dez dias de antecedência, tem que estar dentro de um prazo que atenda à janela de chegada”, reforçou.
 

Fiscalização
 

Antônio Henrique Silveira afirmou ainda que é preciso melhorar o trabalho dos postos de verificação instalados nas rodovias e integrar ainda mais as ações. “Temos que estabelecer regras de conduta com os terminais, com os embarcadores e com os transportadores para que a fluência seja a mais adequada possível”. Segundo o ministro, “o País precisa de mais infraestrutura, mas não é possível provê-la imediatamente”.
 

Uma possibilidade em estudo para minimizar os problemas é o Ministério dos Transportes reforçar o controle do tráfego de caminhões. E a Agricultura convencer os produtores a embarcarem os grãos de forma planejada.


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