No último dia 2 o maior porto da América Latina comemora 122 anos. E são muitas toneladas de movimentação para contar história: em 2013 foram movimentadas 114.077.884 toneladas.
A área de influência econômica do porto concentra mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do País e abrange principalmente
os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Aproximadamente, 90% da base industrial
paulista está localizada a menos de 200 quilômetros do porto santista.
O Complexo Portuário de Santos responde por mais de um quarto da movimentação da balança comercial brasileira e inclui na
pauta de suas principais cargas produtos como o açúcar, soja, cargas conteinerizadas, café, milho, trigo, sal, polpa cítrica,
suco de laranja, papel, automóveis, álcool e outros granéis líquidos. Em 2007, o Porto de Santos foi considerado o 39ª maior
do mundo por movimentação de contêineres pela publicação britânica Container Management, sendo o mais movimentado da América
Latina. O sistema de acessos terrestres ao porto é formado pelas rodovias Anchieta e Imigrantes e pelas ferrovias Ferroban e
MRS.
História
O Porto foi inaugurado em 2 de fevereiro de 1892, quando a então Companhia Docas de Santos (CDS), cedeu à navegação mundial
os primeiros 260 metros de cais, na área do Valongo. Francisco de Paula Ribeiro foi o superintendente da CDS entre 1888 e
1902, supervisionando e administrando a sua construção.
Hoje o porto é o maior da América Latina. Em 2006, a sua estrutura é considerada a mais moderna do Brasil e a administração
da Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP) — empresa do Governo Federal, vinculada à Secretaria de Portos da
Presidência da República — busca diálogo com os prefeitos das cidades diretamente ligadas às instalações portuárias, Santos,
Guarujá e Cubatão.
No início do século XX, as obras que levaram o porto a tornar-se salubre e a receber navios de todo o mundo fizeram com que o
movimento se expandisse significativamente.
Santos localiza-se no ponto mais adequado para transpor a escarpa conhecida por Serra do Mar. A estrutura ferroviária,
iniciada ainda no período do Império, garantiu o afluxo de cargas, destinados ao comércio exterior. Nesse período, o café de
São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro em sua maioria saía do Brasil pelo porto do Rio de Janeiro, com exceção de Ribeirão
Preto, que exportava por Santos, mas isso pós 1870.
Distante cerca de 70 quilômetros da terceira maior cidade do mundo, São Paulo, o porto é servido por duas ligações
ferroviárias e duas estradas que ligam à capital e uma estrada para o sul do País.
Os distritos industriais da Grande São Paulo e o complexo industrial de Cubatão existem graças ao Porto de Santos. A
siderúrgica Usiminas, de Minas Gerais, também opera um porto privativo que utiliza o mesmo canal de tráfego de embarcações. É
praticamente uma extensão particular do Porto de Santos, que é um porto estatal. Liderando o mercado nacional portuário, o
Porto atende também países latino-americanos, ocupando, hoje, a trigésima nona posição no ranking mundial de movimentação de
cargas conteinerizadas.
O porto hoje
Os principais terminais ajudam na expansão do Porto e investem em novas tecnologias e infraestrutura.
A Santos Brasil, por exemplo, anunciou uma nova ferramenta: a disponibilidade, via web, de imagens das cargas escaneadas no
Tecon Santos, terminal de contêineres operado pela empresa, na margem esquerda do Porto, em Guarujá. O objetivo da tecnologia
inédita é proporcionar mais conforto e segurança aos clientes.
O acesso às imagens, autorizado pela Alfândega, pode ser feito pelo cliente ou por um representante legal em uma área
exclusiva de acesso no site da Santos Brasil. Hoje, os contêineres com mercadoria de importação, descarregados no terminal,
são scaneados e suas imagens armazenadas no sistema da Receita Federal.
Para o diretor de Tecnologia da Informação, Ricardo Abbruzzini, esse é mais um diferencial da Santos Brasil, que tem
investido fortement e em tecnologia e inovação para agregar valor à sua operação, incrementando a gama de serviços oferecidos
e proporcionando mais segurança e facilidade aos seus clientes. “Além do conforto ao cliente, que pode acessar essas imagens
de casa, 24 horas por dia, sete dias na semana, o serviço dá mais transparência a nossas operações”.
Já o terminal da Embraport, que ainda não completou um ano de operação no Porto de Santos, investiu R$ 2,3 bilhões, sendo R$
1,8 bilhão na primeira fase, para começar a atuar na cidade. Este ano, a empresa pretende iniciar a segunda fase da
implantação do terminal.
Para a empresa, o Porto tem condições de se consolidar como um importante hub port, ou seja, um terminal concentrador e
distribuidor de cargas. “A Embraport está alinhada com os interesses logísticos do Porto e também do país, uma vez que o
objetivo do Terminal é contribuir com o crescimento do comércio exterior brasileiro”, afirma.
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