A movimentação mensal de cargas do Porto de Paranaguá cresceu 14% em abril deste ano. Foram 4,8 milhões de toneladas, com 614 mil toneladas a mais do que o registrado no mesmo mês em 2017. Os dados são do Departamento de Operações da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).
O crescimento foi puxado, principalmente, pelo avanço do escoamento da safra de grãos. Ao longo do mês, foram exportadas 2,1 milhões de toneladas de soja e 555 mil toneladas de farelo, volume 38% superior ao de abril passado. O desempenho na importação de fertilizantes também ajudou o resultado, com 649 mil toneladas importadas e aumento de 14% no mês.
No acumulado no ano, contando toda a movimentação de janeiro a abril, a alta é de 10,3%. Nestes quatro primeiros meses de 2018, foram 17,54 milhões de toneladas de cargas, sendo 11,17 milhões na exportação e 6,37 milhões de toneladas na importação de produtos.
“Com planejamento e gestão eficiente, o Porto de Paranaguá se tornou uma referência em produtividade no Brasil. Os recordes batidos sucessivamente são exemplo disso”, disse a governadora Cida Borghetti.
CAMPO – Os embarques de grãos devem encorpar as exportações nos próximos meses. Já são registrados patamares recordes. Segundo estimativa da Ocepar, o Brasil inteiro deve produzir 115 milhões de toneladas de soja e o Paraná será responsável pela colheita de quase 20 milhões deste total.
“Com os preços das commodities em alta e o câmbio favorável para o produtor, toda esta safra vai precisar sair com agilidade do campo para o mar”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística, Abelardo Lupion.
DIVERSIDADE – Apesar das cargas agrícolas serem as líderes de movimentação em Paranaguá, cada vez mais cargas industriais e de outras naturezas ganham espaço no porto.
“O layout operacional do porto se adaptou a uma nova realidade. Nosso objetivo é atender bem todos os usuários, desde o produtor agrícola, que sempre esteve conosco, até os industriais. Isso é muito importante, pois Paranaguá se torna a ponta de uma cadeia produtiva cada vez mais complexa, geradora de renda e empregos pelo estado”, afirma o diretor-presidente da Appa, Lourenço Fregonese.
De janeiro a abril, por exemplo, a movimentação de cargas gerais, que são peças industriais, veículos, celulose e outras cargas que não são a granel, aumentou 8%, com 3,2 milhões de toneladas movimentadas no período.
O graneis líquidos, liderados pela movimentação de óleos vegetais e derivados de petróleo, também tiveram forte alta, de 15% em 2,6 milhões de toneladas movimentadas.
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