O Produto Interno Bruto (PIB) do transporte registrou um aumento de 3,6% em volume de serviços no primeiro trimestre de 2021 em relação ao último trimestre de 2020, de acordo com o Radar CNT do Transporte, divulgado pela Confederação Nacional do Transporte, a partir de indicadores publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Seja em indústrias, no varejo, no agronegócio ou até mesmo em hospitais, a logística é um dos principais pilares para o pleno funcionamento de qualquer negócio. E para que o sistema de transporte também seja efetivo, por contemplar muitas etapas, é indispensável planejar, executar e controlar de forma detalhada a movimentação de cargas, envolvendo o empacotamento, armazenamento, monitoramento, criação de rotas, entre outros processos que compõem a cadeia logística.
Esse planejamento vale para todos os tipos de transporte: rodoviário, que representa 65% do sistema logístico brasileiro; ferroviário, responsável por 15%; cabotagem, com 11% de participação; hidroviário, dutoviário e aeroviário, que dividem os últimos 9%, de acordo com o Plano Nacional de Logística do Ministério da Infraestrutura. E, com a ajuda do especialista Murillo Sperandio, Diretor Comercial e Operacional da Costa Brasil – empresa especializada em Operações de Transporte Multimodal (OTM) -, será possível entender também os tipos de logística disponíveis no panorama brasileiro, sendo elas: Logística de Suprimentos ou Abastecimento, Logística de Produção, Logística de Distribuição, Logística Reversa e Logística de Informações.
Sobre a Logística de Suprimentos ou Abastecimento, Sperandio comenta que “essa foi a primeira, surgiu na Primeira Guerra Mundial, quando os grandes comandantes descobrem que a chave para a vitória é manter o seu escalão bem suprido”. Ele completa dizendo que “nas últimas décadas, tem tido foco em eficiência e é grande ferramenta para redução de custos aliada à tecnologia, um grande percentual dos nossos itens mais básicos fazem parte da Logística de Abastecimento, seja commodities ou itens essenciais como água, luz e gás”. Resumidamente, esse modelo é responsável por garantir que a matéria-prima e/ou o produto esteja onde deve estar no momento da demanda, priorizando qualidade e tempo, sendo para produção ou para venda.
Enquanto isso, a Logística de Produção, segundo Sperandio, “é o berço do conceito de Ronald H. Ballou, grande nome da área, que diz que logística significa item certo no lugar certo com o prazo certo”, nascendo também o famoso Just In Time, que é o sistema com o objetivo de produzir de acordo com a demanda, de forma ágil e sem formar estoques, fazendo com que a mercadoria chegue a seu destino no tempo correto. Ela se relaciona diretamente com o processo de transformar insumos em um produto final, está presente principalmente em indústrias e exige controle minucioso da movimentação de cada material, desde a chegada à fábrica, a montagem, a embalagem até a armazenagem. Conhecer bem os hábitos de consumo e a sazonalidade do segmento é fundamental para evitar desperdícios e, consequentemente, prejuízos financeiros.
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