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02 de Dezembro de 2015 – 05h20 horas / Portal Transporta Brasil

A Polícia Federal realizou na manhã desta segunda-feira (1) uma operação para coibir a venda de dispositivos ilegais utilizados em caminhões que “enganam” o sistema de controle de emissão de poluentes, permitindo que os veículos circulem sem aditivos que diminuem a poluição gerada pela combustão do diesel, como o ARLA 32. Os dispositivos eram vendidos pela internet, pelo proprietário de um estabelecimento de reparo automotivo na cidade de São Paulo.

 


Os motores dos caminhões emitem gases poluentes chamados de óxidos de nitrogênio (NOx), que são extremamente prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente, sendo uma das causas do aquecimento global, segundo especialistas. Para diminuir essas emissões, os caminhões montados a partir de 2012 têm um sistema de controle que funciona com o uso de um aditivo chamado Arla 32, para diminuir em quatro vezes  as emissões de NOx. A fraude é cometida para evitar o gasto com o aditivo. Como o motor funciona sem ele, há um controle eletrônico que faz com que 40% da potência seja diminuída se isso acontecer.

 


Os equipamentos apreendidos pela Polícia Federal enganam o controle eletrônico do caminhão, fazendo com que ele não perca a potência sem o aditivo, mas como consequência, o caminhão passa a emitir 400% a mais de NOx no ar.


Esse tipo de equipamento é classificado pela legislação como “item de ação indesejável”, por reduzir a eficácia de controle de emissão de poluentes atmosféricos de veículos automotores. Trata-se de mercadoria proibida e sua importação e comercialização configuram crime de contrabando, com pena de 2 a 5 anos de prisão. Aqueles que se utilizam desse equipamento ou realizam outras fraudes na emissão de poluentes podem responder pelo crime de poluição, com pena de 1 a 5 anos de reclusão.


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