O volume de serviços de transporte no país caiu 0,6% em maio de 2019, na comparação com o mês anterior (série com ajuste sazonal), segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado repete o registrado em abril e é a única taxa negativa do levantamento, mostrando que o ritmo de recuperação da economia brasileira ainda é lento. No acumulado do ano (janeiro a maio), frente igual período do ano anterior, o setor de transporte recuou 0,9%.
Em relação a maio de 2018, o volume de serviços prestados pelo setor de transporte subiu 5,7% no país, influenciado principalmente pelo desempenho do transporte terrestre, que aumentou 10,1% na base de comparação. É importante destacar que esse resultado está diretamente atrelado à paralisação dos caminhoneiros, em maio de 2018, que causou a interrupção do fluxo de mercadorias e provocou perdas importantes de receita das empresas que realizam os fretes. Isso significa que, embora positivo, o resultado no ano ainda não pode ser comemorado, uma vez que a base de comparação é bastante fraca.
No início de julho, a CNT divulgou o estudo Conjuntura do Transporte – Desempenho do Setor, que traz um panorama do transporte no Brasil e a relação com o cenário econômico. O trabalho indica que o ritmo lento de recuperação da economia impacta, de formas distintas, os diferentes modais e mostra como o setor é sensível a outros problemas do país.
“O transporte reflete a economia brasileira. O crescimento econômico está muito aquém do que o Brasil precisa. E o nosso setor fica na mesma situação. Afinal, transportamos aquilo que é produzido”, diz o presidente da CNT, Vander Costa.
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