O aumento corresponde a um cálculo com base na variação acumulada do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) entre junho de 2007 e este mês. A última variação que faltava para a composição do reajuste, a de maio, foi fechada anteontem: ficou em 1,61%.
No ano passado, o reajuste dos pedágios foi de 4,39%. Em 2005, ficou em 9,07% e, em 2004, o aumento foi de 7,04%. Apenas em 2006 houve variação negativa do índice e os pedágios baixaram em 0,32%.
TABELA
Ainda não está pronta a tabela com os valores exatos das novas tarifas, que só deve sair daqui a 15 dias e vem sendo calculada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Por enquanto, é possível fazer, apenas, projeções (mais informações nesta página). Por causa do arredondamento dos centavos, os reajustes de cada pedágio podem ser maiores ou menores do que o índice proposto. As tarifas variam apenas de 10 em 10 centavos.
O porcentual de aumento, segundo o coordenador técnico da Associação Nacional do Transporte de Cargas, Neuto dos Reis, é aplicado sobre uma tarifa quilométrica. Ela é diferente para as estradas que fazem parte de sistemas (como o Anchieta-Imigrantes) e para as que têm pistas duplas ou simples. “Para se chegar ao valor de cada pedágio, multiplica-se essa tarifa pela extensão, em quilômetros, do chamado trecho de cobertura de pedágio (TCP), que é diferente ao se considerar cada praça de pedágio, de cada rodovia.”
No caso de uma rodovia que foi duplicada ou estendida, por exemplo, o TCP será maior e, conseqüentemente, o pedágio pode subir mais que os 11,52%. Nas estradas em que o pedágio é cobrado em apenas um sentido, o total obtido é multiplicado por dois. “Estimo que o aumento nos fretes das cargas, que vai acabar chegando ao consumidor, ficará em torno de 3% diante desse aumento dos pedágios”, prevê Reis.
Os contratos de concessão das rodovias, segundo a Artesp, prevêem reajuste dos pedágios pelo IGP-M. Quando as concessões foram assinadas, o índice costumava ser inferior a outros indexadores de inflação, como o IPCA ou INPC. Mas, com o tempo, acabou ultrapassando os demais.
Assim, os pedágios sempre sobem mais que a inflação medida pelo IPCA, que no mesmo período foi de 5,29%, levando-se em conta a projeção desse índice para o mês de maio.
Reajuste de tarifa na via Dutra só ocorrerá em agosto
NovaDutra
A Concessionária da Rodovia Presidente Dutra S.A. (NovaDutra) informa que, diferente do que foi informado por alguns veículos de comunicação, o reajuste da tarifa de pedágio na Via Dutra só acontecerá em agosto.
O dia 1º de julho é a data-base para reajuste das rodovias estaduais paulistas, fiscalizadas pela ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), o que não é o caso da Via Dutra.
A Via Dutra é uma rodovia federal e o reajuste é definido pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) com base em uma cesta de índices da Fundação Getúlio Vargas.
A data-base de reajuste da Via Dutra é 1º de agosto. O percentual de reajuste da tarifa da via Dutra ainda não foi estipulado pela ANTT.
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