Pacote contra tarifaço de Trump vai incluir empresas com impacto indireto
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Plano do governo é estender linhas de crédito e outros mecanismos para firmas que produzem para as diretamente impactadas.

Haverá uma segunda fase do plano Brasil Soberano, de apoio às empresas atingidas pelo tarifaço de 50% do presidente americano, Donald Trump, disse o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello. Nela, as linhas de crédito, além dos mecanismos de garantia e seguro do programa, serão estendidas aos fornecedores das empresas impactadas.

A medida provisória (MP) que criou o Brasil Soberano vai além do apoio às empresas que vendem para os Estados Unidos, informou o secretário. Na sua visão, as medidas complementam a reforma tributária do consumo para dar às exportadoras condições de competitividade que nunca tiveram. Até agora, as estruturas de impostos e de crédito não favoreciam a atividade exportadora, disse.

A MP reforma as condições de acesso ao Fundo de Garantia à Exportação (FGE). Até agora voltado às grandes empresas, vai apoiar micro e pequenas, que são as mais frágeis, mas também as que mais empregam. Além disso, o Fundo Garantidor de Operações de Comércio Exterior (FGCE), de natureza privada, receberá um aporte para cobrir eventuais inadimplências nas operações de venda ao exterior. O apoio será complementado por garantias a serem oferecidas pelo Fundo de Garanta de Operações (FGO) e Fundo Garantidor para Investimentos (FGI).

“Esse conjunto é uma verdadeira revolução para o setor exportador brasileiro”, afirmou Mello. É uma estrutura que permanecerá na economia após superados os efeitos do tarifaço, garantiu.

Os aportes nos fundos dependem da aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 168/2025, que ainda não tem relator designado. Para o secretário, o projeto pode ser votado rapidamente, uma vez fechado o acordo político em torno dele. “Eu acho que o Legislativo entende também isso como algo prioritário.”

Mello disse ainda ver espaço para o Produto Interno Bruto (PIB) encerrar o ano com crescimento da ordem de 2,5%. A desaceleração da atividade deve ser um pouco maior do que o esperado no segundo trimestre, mas a perspectiva é de estabilidade ou desempenho ligeiramente positivo na segunda metade do ano, informou. Vai depender do balanço entre os efeitos do tarifaço e o das medidas tomadas pelo governo.

 


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