O segredo é saber ouvir
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Estudos atuais têm voltado a apontar como um dos maiores fatores de sucesso na liderança, o saber ouvir.

Pode parecer estranho dizer uma coisa tão óbvia e simples, mas a verdade, dizem esses estudos, é que os líderes não sabem ouvir e pensam saber.

Há muitos cursos, de oratória, por exemplo, que ensinam os líderes a falar, fazer apresentações, discursos, palestras etc.

Mas quase não existem cursos para ensinar os líderes a ouvir e isso é o que mais faz falta, segundo os estudos mais atuais.

Richard Mullender, fundador do The Listening Institute, na Inglaterra, afirma que “ouvir é identificar, selecionar e interpretar as palavras chaves que transformarão uma informação em inteligência.”

E os estudos atuais afirmam que há vários mitos sobre como saber ouvir. Assim, de nada adianta ficar balançando a cabeça para demonstrar uma atitude de ouvir, se na verdade, você está pensando em outra coisa.

Outro erro muito comum é querer perguntar e ficar preocupado ou preocupada em encontrar perguntas para mostrar ao interlocutor que você está interessado.

Quando você está pensando em perguntar, de fato não está ouvindo com a devida atenção, dizem os autores de vários estudos sobre o tema.

Outro mito é acreditar que é importante decifrar as posturas corporais de quem está falando. Isso tem pouca importância, afirmam.

O que importa é prestar atenção nas palavras, evitar distrações e, principalmente, tirar de você a ansiedade de querer falar muito em vez de ouvir com atenção.

Em tempos de trabalho remoto, muitos líderes dizem ter dificuldade em perceber a reação de seus liderados falando via Zoom ou outro aplicativo qualquer. Isso também é um mito, dizem os especialistas, pois o que importa é prestar atenção nas palavras, frases, no conteúdo da mensagem e não ficar observando trejeitos faciais.

É bom lembrar que Ernest Hemingway já dizia que quando alguém estiver falando você deve ouvir “completamente” o que esse alguém está querendo dizer e Zeno de Citium, um filósofo grego, afirmava que “se temos dois ouvidos e uma boca, devemos ouvir mais do que falar.”

Algumas empresas têm feito o que se chama de “círculos para ouvir”. Nessas reuniões, as pessoas são incentivadas a falar o que sentem sobre o ambiente de trabalho sem serem interrompidas.

O que mais me chama a atenção nesses estudos é que ouvir deveria ser a mais simples das coisas e parece incrível que perdemos a capacidade de ouvir com atenção e de nos preocupar em “identificar, selecionar e interpretar” o que a outra pessoa está nos comunicando.

Num mundo altamente tecnológico parece que nós desaprendemos os comportamentos e atitudes mais simples e inerentes a nós, seres humanos.

Pense nisso. Sucesso!


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