O que pensar neste final de ano?
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Por Luiz Marins

 

Final de ano é tempo de pensar, de refletir sobre o ano que está acabando, sobre nossos erros e acertos, vitórias e conquistas, perdas e ganhos e também é tempo de pensar sobre o novo ano, suas perspectivas, o que nos espera e o que faremos.

Muitos dirão que temos que ter um pensamento positivo e que não podemos deixar a negatividade entrar em nossa mente, principalmente nestes temos de Natal.

A verdade é que o excesso de pensamento positivo, embora muitas vezes seja visto como uma abordagem benéfica, pode trazer uma série de perigos e consequências indesejadas. Um dos perigos mais evidentes do pensamento positivo excessivo é a tendência de ignorar ou minimizar problemas reais.

Quando as pessoas se concentram apenas no lado positivo, podem acabar negando sentimentos negativos, desafios ou situações que realmente precisam ser enfrentados. Essa negação pode levar a um agravamento dos problemas, pois as questões não resolvidas tendem a persistir e, muitas vezes, piorar.

Da mesma forma, o excesso de pensamento negativo pode ser altamente prejudicial, impactando não apenas a saúde mental, mas também a qualidade de vida de uma pessoa.

O pensamento negativo frequentemente alimenta a ansiedade e a depressão. Quando uma pessoa se concentra constantemente em cenários pessimistas, isso pode levar a sentimentos de desesperança, estresse e uma visão distorcida da realidade. Esse ciclo pode ser difícil de romper, pois a ansiedade pode resultar em pensamentos ainda mais negativos.

Assim, equilibrar o pensamento positivo com a realidade concreta é um desafio que temos que enfrentar.

O pensamento positivo pode nos ajudar a manter a motivação e a resiliência diante das dificuldades. No entanto, é fundamental que esse otimismo não se torne uma negação da realidade. É importante entender que ter sentimentos como medo ou insatisfação é completamente normal e são esses sentimentos que devemos analisar e utilizar como um guia para ações futuras.

Para atingir esse necessário equilíbrio devemos focar nas nossas conquistas e vitórias, mesmo que sejam pequenas, em tempos difíceis. Isso pode ajudar a criar uma perspectiva mais positiva. No entanto, é crucial que isso não seja uma forma de ignorar os problemas que precisam ser enfrentados.

Em relação ao novo ano, temos que estabelecer metas realistas que nos façam unir um pensamento positivo com a realidade. Ao definir objetivos alcançáveis, podemos manter a esperança e a motivação, ao mesmo tempo em que trabalhamos com as circunstâncias atuais. Isso permite que o pensamento positivo sirva como uma força propulsora, enquanto a realidade concreta fornece o contexto necessário para a disciplina de fazermos o que devemos fazer.

Além de tudo, não podemos nos esquecer que a vida, especialmente num país como o Brasil, é repleta de incertezas e mudanças. Ao aceitar que nem tudo sairá como planejado, sempre podemos nos abrir para novas possibilidades e soluções.

Assim, o equilíbrio entre o pensamento positivo e a realidade concreta é uma dança delicada, que requer autoconsciência, realismo nas metas e muita flexibilidade. Pense nisso. Sucesso!

 


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