O ano mal começou, mas já está definido, logo em fevereiro, que o setor de transporte rodoviário de cargas precisa rever sua política de valores para o frete, por meio da cobrança de taxas suportadas pelas empresas, se quiser chegar até 2018 em condições de crescer novamente.
A recomendação foi dada durante o último Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado – CONET –, ocorrido em Rio Quente (GO), entre os dias 9 e 12 de fevereiro, onde foi aprovado documento que destaca a importância de se cobrar, conforme a especificidade do serviço, como no caso do frete valor, as taxas de generalidades – GRIS, TRT, dentre outras, inclusive as de caráter emergencial e transitório como é o caso da EMEX – Emergência Excepcional.
O objetivo da medida é cobrir os custos decorrentes da situação de falta de segurança, escoltas urbanas e do aumento no valor da cobertura securitária para as cargas nas modalidades CIF e FOB cujo destino seja, por exemplo, nesse momento, os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, enquanto perdurar o estado de caos que assola ambas as regiões.
Outro ponto que influenciou na decisão é a defasem tarifária do frete. Segundo pesquisa realizada pela NTC&Logística o transporte de carga lotação está custando, em média, 24,8% menos do que deveria, para cobrir os custos e garantir rentabilidade. No caso da carga fracionada, a defasagem chega a 11,7%.
Para reverter essa situação, é fundamental que todas empresas de transporte rodoviário de cargas realinhem o valor dos fretes praticados, acompanhado a necessária cobrança dos demais componentes tarifários.
Caso isso não ocorra, o setor de transporte rodoviário de cargas corre o sério risco de precisar de muito mais que uma firme reativação da economia em 2017 e 2018 para se tornar capaz de crescer com a velocidade que o segmento impõe.
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