Número de roubos de carga cai 8,9% no Alto Tietê, diz SSP
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16 de Outubro de 2014 – 09h30 horas / G1

Uma pedrada na janela no caminhão do motorista Orlando Morelli Neto é a marca de uma tentativa de assalto no município de Torrinha, na região de Bauru. Mas ele conta que não é só por lá que há o medo da violência. No Alto Tietê o cenário se repete e todo cuidado é pouco. "No nosso trabalho, que dia e noite viajamos o Brasil inteiro, o perigo é constante", afirma. Para Orlando o problema não é a falta de segurança. "A gente não pode nem cobrar que é a falta de segurança, porque o 'bandidismo' é que está demais. A lei está muito branda, muito fraca para o bandido", afirma.

Para combater esse tipo de crime na região, a Polícia Civil criou um grupo especializado em investigações de roubo de carga há cerca de um mês. Segundo o delegado Alexandre Batalha, neste período a equipe prendeu dois suspeitos de roubar 4 mil maços em Bertioga. Um menor também foi apreendido. "O núcleo foi criado com policiais capacitados e certamente vai haver uma redução. A expectativa é grande de que as pessoas que trabalham nesse ramo possam seguir o seu destino tranquilamente", diz o delegado Alexandre Batalha. "O trabalho vem sendo feito com resultados positivos", afirma.

Segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública, de janeiro a agosto de 2014, o número de casos de roubo de carga no Alto Tietê diminuiu 8,9% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, em algumas cidades, esse tipo de ocorrência aumentou. Em Itaquaquecetuba, por exemplo, em 2013 foram registrados 46 casos, já neste ano são 47.

Por esse motivo, os trabalhos do grupo especial de combate ao roubo de carga da Polícia Civil continuam. Uma operação montada na entrada de Mogi das Cruzes nesta terça-feira (14) contou com a ajuda de 12 políciais e cinco viaturas para fazer o cerco em uma rodovia. "Paramos alguns veículos de forma aleatória. Aquele que na visão policial chama atenção, quando há três ou mais ocupantes ou quando há fundada a suspeita, nós pedimos para o motorista parar e é submetido a revista pessoal", explica Alexandre.


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