No acumulado do ano, porém, o índice de atividade econômica calculado pelo Banco Central registrou retração de 5,44%
De julho para agosto, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 132,64 pontos para 134,05 pontos na série dessazonalizada. Esse é o maior patamar desde fevereiro deste ano (139,92 pontos).
A alta do IBC-Br ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam resultado entre 0,90% e 3,44% (mediana em 1,70%).
Na comparação entre os meses de agosto de 2020 e agosto de 2019, houve baixa de 3,92% na série sem ajustes sazonais. Essa série encerrou com o IBC-Br em 136,66 pontos em agosto.
O indicador de agosto de 2020 ante o mesmo mês de 2019 mostrou desempenho dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam resultado entre -4,80% e -3,01% (mediana em -4,05%).
No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, de acordo com a instituição, o índice de atividade econômica do BC registrou uma retração de 5,44% – sem ajuste sazonal.
Em 12 meses até agosto de 2020, os números do Banco Central indicam queda de 3,09% na prévia do PIB – também sem ajuste sazonal.
Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2020 é de retração de 5%. Esse cálculo foi divulgado por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro.
No Relatório de Mercado Focus divulgado pelo BC na última segunda-feira, a projeção é de queda de 5,03% do PIB em 2020. O Focus reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro.
Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto. O cálculo dos dois é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do País. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.
Atualmente, a taxa Selic está em 2% ao ano, na mínima histórica, e o Banco Central indicou, no comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), cautela na análise de novos cortes de juros.
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