“Não é minha obrigação”
Compartilhe

O que Churchill, Primeiro Ministro Britânico, durante a II Guerra Mundial quis dizer é que não basta cumprir o dever; não basta cumprir a obrigação. É preciso fazer mais; ir além da simples obrigação.

Vejo, com tristeza e espanto, nos dias de hoje, colaboradores de todos os níveis da empresa, deixando de fazer alguma coisa que poderiam fazer, dizendo “Não é minha obrigação!”

Outro dia, numa empresa pequena, assisti uma discussão entre os poucos colaboradores que se negavam a lavar as próprias xícaras de café, tirar o lixo, varrer alguma parte que porventura tenha ficado suja por um visitante etc. A empresa tem quatro colaboradores e uma diarista semanal para limpeza geral e eles querem que seja contratada mais uma pessoa em tempo integral para servir café, lavar as xícaras etc.

Quando expliquei que nos Estados Unidos, na Europa, no Japão, na China e em muitos outros países os próprios funcionários fazem essas pequenas tarefas, eles me disseram que “aqui no Brasil é diferente e não é nossa obrigação fazer isso’.

Outro dia, num avião, tinha um papel caído no chão do corredor. Todos os comissários e comissárias passavam e nenhum se abaixava para pegar o papel. Até que veio a comissária chefe e pegou o papel, sem dizer nada ao demais. Conversando com essa comissária chefe ela me disse que quase todos os comissários são assim e que é por isso que nunca são promovidos, embora seja o que mais desejem.

Conversando sobre o tema com gerentes de RH, eles me disseram que pessoas que só fazem a obrigação quase nunca são promovidas e que a maior dificuldade que encontram é encontrar pessoas para os cargos de supervisão, gerência e diretoria, exatamente por essa razão: “elas não são dispostas a fazer mais que simples obrigação e funções de chefia exigem um comprometimento maior.”

Conversando com colaboradores de empresas diversas, eles disseram não fazer mais do que a obrigação para não parecerem bobas ou “puxa-sacos” do chefe e que os próprios colegas e mesmo amigos aconselham a não fazer mais do que obrigação.

O problema é que essa atitude dificulta a promoção e impede a construção de um relacionamento de confiança entre a empresa e o colaborador e vice-versa e, mais que tudo, afasta o sentimento de engajamento, sentimento de propósito e motivação dos colaboradores criando um círculo vicioso da desmotivação e do fracasso.

Assim, seja onde for e faça você o que fizer, ande o quilômetro extra; faça mais do que sua simples obrigação; ajude; participe; colabore e você verá que sua autoestima aumentará muito e o maior beneficiado será você mesmo.

Pense nisso. Sucesso!


voltar

SETCESP
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.