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13 de Março de 2008 – 10h00 horas / G1
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou na tarde desta terça-feira (11) que o pedágio urbano não é uma medida que pode ser aplicada na capital paulista. Segundo Serra, esse tipo de medida só pode ser tomada em cidades onde o transporte público é muito eficiente, o que não seria o caso de São Paulo. O governador citou o caso de Londres, na Inglaterra, que cobra a tarifa. Para ele, naquela cidade a cobrança é aplicável porque o sistema de transporte urbano é muito bom.
As afirmações foram feitas durante entrevista no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul de São Paulo, no dia em que o recorde de trânsito foi quebrado duas vezes durante a manhã de segunda-feira na capital. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) foram registrados 183 km às 8h30 e 186 km às 9h. O último recorde havia sido registrado na quinta-feira (6) às 9h: 165 km de lentidão.
O governador afirmou que são duas as soluções para melhorar o trânsito na capital paulista: a retirada de caminhões de circulação das vias da cidade, o que segundo ele deverá ocorrer com a construção do Trecho Sul do Rodoanel; e a aceleração nos investimentos para o transporte público. Nesse último ponto, ele citou investimentos na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e no Metrô. Segundo Serra, já começou a substituição de trens da companhia por metrôs de superfície e em breve serão concluídas as obras nas linhas 4 e 2 do Metrô, o que irá gerar uma ampliação de 21 a 22 quilômetros de trilhos na capital.
No início deste ano, porém, o Metrô anunciou que a conclusão das obras da Linha 4 foi atrasada em dois anos. Há onze novas estações no projeto, mas na primeira fase – prevista inicialmente para o fim de 2007 – serão entregues seis. A previsão é concluir as obras nas estações Butantã, Faria Lima e Paulista só em novembro de 2009. Outras duas estações, República e Luz, serão entregues em 2010.
Serra citou ainda a parceria que está sendo realizada com a Prefeitura de São Paulo como forma de melhorar o trânsito na capital e as licitações que estão sendo negociadas na região do Jacu-Pêssego, na Zona Leste da capital, e nas marginais.

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