A movimentação das instalações portuárias brasileiras, portos públicos e privados, teve crescimento de 1,0% no segundo trimestre de 2018 em relação a igual período do ano passado, somando 276,8 milhões de toneladas movimentadas. O resultado representa aumento de 2,6 milhões de toneladas na comparação entre os dois períodos. Os números estão no Boletim Informativo Aquaviário do 2º Trimestre de 2018, produzido pela Gerência de Estatística e Avaliação de Desempenho, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, que foi divulgado na última quinta-feira (16).
A movimentação nos portos públicos aumentou 2,0% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Esse aumento representa um ganho expressivo ao ser comparado à evolução dos segundos trimestres entre 2016 e 2017, quando houve decréscimo de 0,2%. Nos portos privados, o resultado também foi positivo, com crescimento de 0,5%, quando comparado a igual período de 2017.
“Esse crescimento, tanto nos portos públicos quanto nos terminais privados, reflete a resposta positiva que o setor continua apresentando ao longo do tempo, apesar de oscilações visíveis, demonstrando que está apto a atender às demandas do mercado brasileiro, seja nos movimentos internos (cabotagem e vias interiores) ou mesmo nas exportações e importações”, explicou o gerente de Estatística e Avaliação de Desempenho da ANTAQ, Fernando Serra.
Neste segundo trimestre, os portos privados movimentaram 181,6 milhões de toneladas, o que representou 65,6% das cargas movimentadas no conjunto das instalações portuárias do país. Já os portos públicos movimentaram 95,2 milhões de toneladas, representando uma participação de 34,4% da movimentação total das instalações portuárias brasileiras.
Entre as mercadorias que tiveram maior movimentação no segundo trimestre de 2018 estão o minério de ferro, com 98,7 milhões de toneladas e aumento de 1,8% em relação a igual período do ano anterior, petróleo e derivados (48,3 milhões de toneladas, mas decréscimo de 1,7%) e soja (40 milhões de toneladas e crescimento de 11,9%). Os contêineres foram a quarta carga mais movimentada no período, com 26,2 milhões de toneladas e aumento de 1,8%, e o carvão mineral a quinta carga, com 7,1 milhões de toneladas, o que significou aumento expressivo de 30,1%.
Segundo o Boletim da ANTAQ, mesmo com as dificuldades de escoamento de mercadorias no mês de maio – por conta da greve dos caminhoneiros -, o total movimentado de cargas de soja (23,3 milhões toneladas) e contêineres (19,0 milhões de toneladas), nos portos públicos, apresentou aumento de 13,2% e 3,6%, respectivamente, na comparação com igual período de 2017. O grupo petróleo e derivados manteve a atual tendência de crescimento na movimentação dos portos públicos, com ganho de 6,0%, e pasta de celulose cresceu 25%. Já entre as principais mercadorias movimentadas nos portos públicos que apresentaram queda neste trimestre as maiores reduções foram adubos, com -11,2% e açúcar (-32,1%).
Os dez principais portos públicos em movimentação de cargas brutas neste segundo trimestre operaram aproximadamente 82,4 milhões de toneladas, o que correspondeu a 86,5% da movimentação total dos 31 portos organizados que registraram movimento de cargas no período. Entre os principais portos públicos em movimentação neste segundo trimestre, destaque para dos portos de Itaqui (+9,4%), Suape (+10%) e Santarém (+36,2%).
Com relação ao Porto de Santos, a movimentação neste segundo trimestre foi de 27,2 milhões de toneladas, queda de 0,6% em relação a igual período do ano passado. Contêineres e soja lideraram entre as mercadorias movimentadas no trimestre no maior porto público do país, somando 16,7 milhões de toneladas.
Já nos portos privados, o aumento na movimentação (0,4% em relação ao segundo trimestre de 2017) foi reflexo da maior movimentação de minério de ferro (+1,6%), soja (+10,3%) e carvão mineral (+29,4%). Um dos destaques em relação a esse tipo de instalação foi o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, que, na comparação com o segundo trimestre de 2017, registrou alta de 18,8%, representando incremento de aproximadamente 7,5 milhões de toneladas, sendo 99,3% do total minério de ferro.
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