A produção de caminhões em setembro somou 7,6 mil unidades, registrando queda de 10,5% em relação a agosto por causa do menor número de dias trabalhados em razão do feriado da Independência, mas o confronto com setembro de 2016 revela acréscimo de 56,8%. No acumulado do ano foram fabricadas 59 mil unidades, resultando em acréscimo de 27,3% sobre o mesmo período de 2016. Na comparação com o acumulado até agosto a produção avançou 4,8 pontos porcentuais.
Os números foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O crescimento continua contando com a ajuda das vendas ao exterior, que ainda têm espaço para aumentar: “Por causa da grande quantidade de fábricas de caminhões no Brasil, temos exportações de vários segmentos e é possível crescer, mas os maiores volumes ainda estão em caminhões semipesados e pesados”, admite o vice-presidente da Anfavea, Rogério Rezende.
No acumulado até setembro o Brasil exportou 21,5 mil caminhões, anotando alta de 40,9% sobre o mesmo período do ano passado. Os embarques correspondem a 36,4% dos caminhões produzidos este ano. Os modelos semipesados tiveram crescimento de quase 90% com a exportação de 7,9 mil unidades.
VENDAS INTERNAS: ALTA PARECE IMPROVÁVEL EM 2017
O mercado interno demonstra desde maio leve recuperação para a venda de caminhões. “Tivemos ajuda do agronegócio e também da mineração”, diz Rezende. No entanto, os emplacamentos no acumulado até setembro registram 35,4 mil unidades e ainda persiste uma queda de 9% em relação ao mesmo período do ano passado.
De todos os segmentos, o único que registra alta sobre 2016 é o de pesados (12,5 mil unidades no acumulado do ano e alta de 5,8%). É verdade que o último trimestre costuma ser mais forte, mas parece pouco provável que a venda interna de veículos pesados (caminhões e ônibus) termine o ano com crescimento de 3,6%, conforme a projeção da Anfavea.
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