Dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) apontam que, em outubro, houve queda de 11,6% no número de veículos emplacados no país em relação a setembro.
Novembro deve fechar com retração ainda maior. Segundo a Fenabrave, na primeira quinzena deste mês foram emplacados 89.850 veículos, contra 112.557 em igual período de outubro –decréscimo de 20,1%.
A reportagem procurou a Anfavea (associação das montadoras) e o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul (SP) para saber se o número de trabalhadores envolvidos nessas paralisações é recorde. A Anfavea disse não dispor de dados para fazer tal afirmação.
O presidente do sindicato de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, disse que a paralisação “é uma das maiores já registradas no setor“, mas que já houve crises mais graves, envolvendo demissões, como a que aconteceu após os atentados do 11 de Setembro, ou na década de 1980, com a crise do petróleo.
Maior número é da GM
Entre as montadoras, aquela que deverá deixar o maior número de funcionários em casa é a GM. As férias coletivas anunciadas pela empresa atingem 14.100 trabalhadores nas fábricas de São José dos Campos (SP), São Caetano do Sul (SP) e Gravataí (RS).
Na fábrica gaúcha, onde são produzidos os modelos Celta e Prisma, os 5.200 metalúrgicos estão atualmente cumprindo um período de 19 dias de férias coletivas. Na próxima segunda-feira, eles voltam ao trabalho, mas só por cinco dias. Em 6 de dezembro, a unidade volta a parar e só vai retomar as atividades em 5 de janeiro de 2009.
Por meio de sua assessoria, a GM informou que as férias coletivas concedidas a seus funcionários têm como objetivo reduzir os estoques nas fábricas e nas concessionárias.
“É um período [de férias coletivas] que consideramos fora do comum“, disse Robson Jamaica, coordenador da delegação sindical na montadora do grupo Renault/Nissan, em São José dos Pinhais (PR), onde 2.700 trabalhadores vão ficar em casa entre 1º de dezembro e 5 de janeiro.
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