Tivemos uma longa conversa com gestores de recursos humanos de várias empresas de diversos ramos e tamanhos. O tema foi engajamento, comprometimento, participação, medos em geral.
Um dos temas que mais me chamou a atenção foi quando esses gestores falaram do medo que os colaboradores têm de participar de planos, projetos e tarefas fora da sua estrita súmula de atribuições e acabar serem abusados na sua boa vontade em participar, assumindo muitas responsabilidades além das que já possuem.
Com esse medo em mente, esses colaboradores simplesmente não participam, não dão ideias novas, não tomam iniciativas que poderiam fazer a diferença em suas carreiras, ficando excluídos de promoções, bônus e benefícios extras.
Muitos me dizem que gostariam de dar ideias e participar, mas que têm medo de serem “abusados” no sentido de sobrecarregados por suas chefias, afirmou um dos participantes.
Os gestores de RH afirmam que esse comportamento é muito comum entre os mais jovens que são orientados por seus pais e até colegas de trabalho a “não serem bobos” de seus chefes assumindo compromissos além de sua estrita obrigação.
Esses jovens têm medo de demonstrar iniciativa, participar e assumir mais responsabilidade. É uma pena pois acabam dando um tiro no pé, pois nunca essas pessoas serão promovidas e subirão nas suas carreiras, disse uma diretora de RH de uma grande multinacional. Essas pessoas têm a ilusão de querer ter mais tempo livre, menos compromissos, mas com isso impedem o próprio crescimento afirmou outro gerente.
O que esses especialistas em RH também disseram é que há gestores que realmente sobrecarregam alguns colaboradores mais dispostos a participar e isso acaba gerando o medo nos demais.
Numa relação de liderança não pode haver medo. Tem que haver diálogo franco e compreensão de todos os lados.
Pense nisso. Sucesso!
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