O SETCESP realizou uma live pelo seu canal oficial no YouTube, no último dia 27, para abordar o novo sistema de pedágio por fluxo livre (free flow) que está prestes a ser implementado na rodovia Presidente Dutra e promete mais fluidez e segurança, porém gera também preocupação entre transportadores.
Foram convidados a participar da transmissão o presidente do SETCESP, Marcelo Rodrigues, a economista e coordenadora de projetos do IPTC, Raquel Serini e o analista de Relações Institucionais da CCR RioSP, Otávio Melo.
Serini apresentou uma pesquisa do IPTC (Instituto Paulista do Transporte de Cargas), realizada a pedido do SETCESP, revelando que a maioria das empresas de transporte estão preocupadas com nos custos de pedágio, por conta da implementação do novo modelo.
Segundo o levantamento, 56% das empresas consultadas afirmaram conhecer pouco ou nada sobre o funcionamento do free flow. A incerteza leva 81% das empresas a considerar reajustes nas tabelas de frete.
“O transportador não consegue se preparar sem informação adequada”, afirmou a economista Raquel Serini, coordenadora do estudo. Entre os receios, estão a dificuldade de adaptação para pequenas e médias empresas e a fiscalização das cobranças.
Obras e funcionamento
O free flow está previsto no contrato de concessão da Dutra à CCR RioSP. De acordo com a concessionária, cerca de 350 mil veículos circulam diariamente pela rodovia, que liga São Paulo, Guarulhos e Arujá. As obras devem ser concluídas até o fim de setembro.
O sistema funcionará por meio de pórticos que identificam as placas dos veículos. A cobrança será feita apenas nas pistas expressas e calculada pelo quilômetro rodado, tendo como referência o pedágio de Arujá (R$ 4,40).
Motoristas poderão pagar via tag com desconto de 5% ou em até 30 dias, pelo site ou aplicativo da CCR RioSP. Após esse prazo, a multa será aplicada pela ANTT.
“Nem todos que trafegam pela Dutra serão tarifados, a pista marginal continua sendo gratuita”, avisou Melo durante a transmissão, ele informou que caminhões de 2 e 3 eixos vão pagar duas vezes a tarifa básica, aqueles com 4 eixos em diante, pagarão 4 vezes a tarifa básica.
Setor dividido
A pesquisa mostrou opiniões divididas: 43% se disseram favoráveis ao free flow, enquanto 44% são contrários e 11% se mostraram indiferentes. Entre as vantagens apontadas estão a redução do tempo de viagem e o fim das filas nas praças de pedágio; já entre as desvantagens, destacam-se a possibilidade de aumento de custos e falhas na fiscalização.
“O setor apoia pensando na segurança do usuário e na desburocratização, mas há preocupação com a clareza das regras”, avaliou Rodrigues. “Sem dúvidas, o futuro das rodovias é o free flow”, complementou.
Melo, reforçou que a concessionária está ampliando a comunicação para esclarecer dúvidas. “Em breve, com as obras concluídas, todos poderão sentir os benefícios de um trânsito mais ágil e fluido”, disse. Ele ressaltou ainda que eventuais problemas relacionados à cobrança do free flow podem ser reportados diretamente pelos canais oficiais da concessionária.
Confira os Canais de Atendimento da CCR RioSP:
WhatsApp: (11) 2795-2238
Telefone: 0800 017 3536
Site: www.ccrriosp.com.br
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