Os investimentos públicos e privados em rodovias e ferrovias caíram entre 2016 e 2017. É o que revela o boletim Conjuntura do Transporte – Investimentos em Transporte Terrestre, divulgado, nesta terça-feira (24), pela CNT (Confederação Nacional do Transporte).
Segundo o documento, os aportes privados em rodovias, em 2017, foram 2,9% menores do que os do ano anterior. Nas rodovias públicas federais, os investimentos caíram 10%: em 2017, foram R$ 7,98 bilhões, ante R$ 8,86 bilhões investidos em 2016.
Conforme o Conjuntura do Transporte, o ano de 2017 foi o quarto seguido de queda dos investimentos privados em infraestrutura rodoviária de transporte, que chegou a alcançar o pico de R$ 8,9 bilhões em 2012. Duas das explicações para a diminuição dos aportes são a crise econômica e a recessão de 2015-2016, que trouxeram dificuldades para algumas empresas, sobretudo para as da terceira etapa do Programa Federal de Concessões.
Em relação às ferrovias, os investimentos privados foram 11,9% menores, em 2017 (R$ 5,25 bilhões), na comparação com 2016 (R$ 5,95 bilhões). Já os aportes nas ferrovias públicas administradas pela Valec caíram 46,7% entre um ano e outro. Os principais investimentos no ano passado foram destinados à construção de trechos da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste) – 50,8% – e da Ferrovia Norte-Sul – 35,2%. A primeira liga Ilhéus (BA) a Figueirópolis (TO), e a segunda vai de Porto Nacional (TO) a Estrela d’Oeste (SP).
A CNT avalia que a prorrogação antecipada das concessões ferroviárias seria a melhor saída para o governo estimular investimentos no setor. A título de exemplo, segundo o estudo, a cada R$ 1 milhão aplicado no setor, o retorno para a economia seria de R$ 3,1 milhões. Já para o setor rodoviário, uma possível solução seria a reedição da MP nº 800, que caducou em fevereiro, alongando o prazo das obras nas rodovias de modo a garantir e aumentar a capacidade de investimento das concessionárias.
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