Ambiente de negócios, inovação e retomada do crescimento foram os temas que conduziram o Fórum Regional Estadão Paraná, que reuniu o governador Beto Richa (PSDB), empresários e especialistas, durante o evento que aconteceu no auditório do jornal no último dia 29.
Como terceiro exportador do agronegócio brasileiro, o estado investe em infraestrutura de transportes para tentar melhorar o escoamento de cargas. Entre as apostas está o Programa de Conservação e Manutenção de Estradas, cujos recursos chegam a R$ 2,3 bilhões. O Estado tem 500 quilômetros de rodovia em duplicação e a readequação de 3.300 quilômetros de estradas rurais pelo interior.
A área portuária também passou por uma modernização com investimentos públicos e privados milionários. As operações de dragagem, que antes saíam com meia carga pela falta de calado, hoje recebem grandes navios que partem com carga completa, reduzindo o custo de produção e ampliando a produtividade do comércio.
Durante o Fórum, o diretor presidente do Porto de Paranaguá, Luiz Henrique Tessutti Dividino, destacou os investimentos de R$ 2 bilhões em 2016. Para as obras previstas entre 2017 e 2019, como o investimento nos terminais de Contêineres de Paranaguá (TCP), da Fospar e da Ponta do Félix, entre outras de menores proporções, a previsão é de mais R$ 1,5 bilhão. “As maiores obras portuárias do País vão ocorrer nos próximos dois anos no Porto de Paranaguá, que também é o único que mantém o calado em manutenção constante e habilitação para dragar o maior navio da costa”, enfatizou, lembrando que cerca de 35% do PIB do Brasil passam por esse porto.
Ele ressaltou, entretanto, que o grande desafio dos interessados em investir é como a carga chega ao porto. “Precisamos melhorar a demanda ferroviária para o Porto de Paranaguá”, disse Dividino, chamando a atenção para a necessidade de preços de frete competitivo em relação aos rodoviários.
Já para o diretor institucional e de regulação da Rumo Logística, Guilherme Penin, a malha ferroviária Sul da companhia, que atende ao Paraná, é desafiadora, porém rentável, considerando que há grandes volumes a serem transportados por longa distância até o porto, especialmente de produtos agrícolas.
Ele também salientou que a companhia deve fechar 2017 com cerca de R$ 5 bilhões em investimentos no Brasil, dos quais R$ 2 bilhões destinados à Malha Sul, com 46 novas locomotivas, além das obras em curso, como a revitalização de 700 quilômetros de via férrea e das linhas que atendem o Porto de Paranaguá. “A companhia atingiu o nível de 1,004 milhão de toneladas descarregadas por ferrovia no porto”, disse.
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