A Organização Mundial do Comércio (OMC), criada com o objetivo de supervisionar e liberalizar o comércio internacional, tem uma grande influência nas tarifas médias de importação e exportação, de modo a tornar os impostos mais acessíveis nas transações comerciais. O enfraquecimento da instituição prejudica consideravelmente as empresas que dependem do comércio exterior. Segundo dados da Agência Brasil, um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a influência da OMC nas exportações é tanta que sem o órgão, o Brasil teria que pagar R$6,3 bilhões a mais em suas exportações. Isso faz com que medidas para a reformulação das regras atuais sejam implementadas o quanto antes.
De acordo com a pesquisa realizada, entre 1995, ano de criação da Organização, e 2017, as tarifas médias de importação aplicadas pelos países do G-20 caíram de 11% para 5%. Essa simulação aponta que, se os impostos de importação voltarem ao patamar pré-OMC, em meio ao enfraquecimento da instituição, os exportadores brasileiros passariam a pagar US$ 6,3 bilhões a mais em impostos nas vendas para os países do G20, o que prova a grande influência da OMC nas exportações. A sobretaxa 120% maior do que a atual é possível caso a guerra comercial entre Estados Unidos e China e o aumento do protecionismo continuem a reduzir a abrangência da OMC.
A crise do Sistema Multilateral do Comércio faz com que as barreiras tarifárias sejam muito maiores, sendo necessária uma reformulação nas regras estabelecidas pela OMC. Para a Asia Shipping (AS) http://www.asgroup-portal.com/pt, maior integradora logística latino-americana, a garantia da estabilidade e a previsibilidade de regras de comércio estabelecidas pela Organização é importante para nortear os países nas tomadas de decisão. “Especialmente no Brasil, cuja sobretaxa chegaria a 120%, a economia tende a ficar muito abalada. Isso mostra o quanto as relações comerciais precisam ser minuciosamente estudadas”, acredita a empresa.
Ainda de acordo com a análise da CNI, a projeção do impacto potencial anual nas exportações do Brasil, sem uma reforma da OMC, prevê aumento no pagamento de tarifas de US$ 2,4 bilhões para China, US$ 1,1 bilhão para a Índia, mais de US$ 1 bilhão para a União Europeia e US$ 540 milhões para os Estados Unidos. A AS reforça que diante da influência da OMC nas exportações, bem como das importantes parcerias do Brasil com esses países, a falta de reformulação da instituição pode prejudicar essas relações comerciais. “Reduzir a exportação para esses países por situações financeiras irá interferir bastante na economia do país e por isso, medidas precisam ser tomadas”, afirma.
A guerra comercial entre Estados Unidos e China elevou o imposto de importação em até 25% para mais de 3 mil produtos e a União Europeia impôs tarifas de 25% para importações de pelo menos 26 produtos siderúrgicos. Isso indica que novas elevações de taxas podem surgir por outros países ou produtos. Além de implicar na dificuldade de exportação de muitos países, a não linearidade das taxas afeta o cenário econômico mundial, refletindo em barreiras no comércio exterior que precisam ser melhor avaliadas. Assim, a influência da OMC nas exportações se mostra ainda mais importante, desde que com as regras revistas e devidamente empregadas.
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