Inflação acumulada em um ano mantém apreensão no setor de transporte
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A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) segue sem sinais de trégua. Nos últimos 12 meses, o índice acumulou alta de 12,13% até abril. Esse percentual é maior que os 11,30% observados em março, para um ano. A análise faz parte do Radar CNT do Transporte – IPCA Maio 2022, divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) na quinta-feira, 12.

Para o transporte, a variação é ainda mais expressiva. O IPCA do setor alcançou 19,7% em 12 meses, significativamente maior que os 11,47% acumulados até abril/2021. Desde março de 2021, a variação do setor tem superado o índice geral, sendo o maior pico nesse intervalo o percentual de 21,97%, registrado em novembro de 2021.

Em uma análise específica para o IPCA de abril deste ano para os subgrupos que integram o grupo transportes, o maior aumento no mês se deu para os combustíveis (3,20%). O óleo diesel teve inflação de 4,74% em abril, atrás apenas do etanol (8,44%), e acumula alta de 23,88% no ano e de 53,58% em doze meses. As regiões metropolitanas (RM) apresentam variações díspares desse percentual. Na RM do Rio de Janeiro, por exemplo, o combustível registrou alta de 11,17% contra 1,5% na de Curitiba. A diferença é de quase dez pontos percentuais entre um e outro.

A persistência da inflação, especialmente dos combustíveis, preocupa as empresas transportadoras, em função da dificuldade de se renegociar contratos e repassar o aumento de custos do frete de cargas e transporte de passageiros. Causa apreensão, também, em função da política monetária restritiva para conter a inflação, que deve elevar ainda mais a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic).


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