Indústria cai 1,3% em março e trimestre fecha negativo
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Com a queda de 1,3% em março, a indústria nacional acumulou -2,2% no primeiro trimestre, com perdas em três das quatro grandes categorias econômicas e em 16 das 26 atividades investigadas pela Pesquisa Industrial Mensal, divulgada na última sexta-feira pelo IBGE.

O resultado de março, na comparação com fevereiro, eliminou o aumento de 0,6% no mês anterior, com grande disseminação e intensidade nos recuos. A produção automobilística, por exemplo, que havia crescido 6,4% em fevereiro, registrou -3,2% em março. Também a indústria de alimentos, com -4,9%, eliminou parte do crescimento de 13,8% no mês anterior.

“Havíamos registrado uma antecipação da produção em diferentes setores da indústria, se preparando para a chegada do Carnaval”, explica o gerente da pesquisa, André Macedo: “esses mesmos setores apresentaram recuo em março, por causa do efeito calendário, com menos dois dias úteis em comparação a março de 2018”.

Entre as grandes categorias econômicas, os bens intermediários (-1,5%) entraram no terceiro mês seguido de queda. Já os bens duráveis (-1,3%) e os semi e não duráveis (-1,1%) interromperam dois meses de crescimento. Apenas os bens de capital tiveram variação positiva de fevereiro para março (0,4%), entrando no segundo mês seguido de taxas positivas.

Produção industrial cai 6,1% na comparação com março de 2018

Já na comparação com março de 2018, observou-se a continuidade do efeito negativo que o rompimento da barragem em Brumadinho (MG) teve nas indústrias extrativas (-14%) e automotivas (-13,3%), que exerceram as maiores influências negativas no índice de -6,1% do total da indústria.

“Os efeitos de longo prazo da tragédia de Brumadinho ainda se fazem sentir, com reflexos nas demais unidades extrativas do país”, conclui André Macedo.


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