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10 de Novembro de 2015 – 02h46 horas / ABCR e Tendências

Na comparação outubro/15 com setembro/15, índice cresceu 0,8%, com aumento de 1,1% no movimento de veículos leves e queda de 0,1% no fluxo de pesados.


O índice ABCR de Atividade de outubro registrou queda de 1,4%, na comparação com outubro de 2014, com diminuição de 8,0% no movimento de pesados e crescimento de 1,0% no fluxo de leves. Na comparação dos dados de outubro com o mês anterior, considerando dados dessazonalizados, foi registrado avanço de 0,8%. No período, o fluxo de veículos pesados ficou praticamente estável, com queda de 0,1% e o movimento de veículos leves subiu 1,1%. O índice que mede o fluxo de veículos nas estradas concedidas à iniciativa privada é produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada.


“Estamos vendo uma dinâmica parecida nos últimos meses: uma queda mais acentuada do fluxo de veículos pesados e o desaquecimento mais lento no movimento de veículos leves. Essa trajetória, que pode ser vista nos gráficos abaixo, coincide com a forte contração da atividade industrial (restringindo os deslocamentos de pesados) e o enfraquecimento da massa salarial (com efeitos sobre o fluxo de leves). Vale notar que o fluxo de veículos pesados está alinhado com os demais indicadores antecedentes da economia, como é o caso dos dados da Anfavea, entidade que, no acumulado do ano, já registra queda de 24,3% na venda de automóveis e de 21,1% na produção”, analisa Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria.

 

Nos últimos doze meses, o indicador caiu 0,7%, com decréscimo de 5,3% no tráfego de veículos pesados e aumento de 0,9% no de veículos leves. Na comparação do acumulado do ano (janeiro a outubro de 2015, contra janeiro a outubro de 2014), o índice registrou queda de 1,1%, com declínio de 5,9% em pesados e alta de 0,6% em leves.

 

“O fluxo de pesados, influenciado pela contração da atividade econômica, continua apresentando uma clara tendência de queda. A variação acumulada nos últimos doze meses, de -5,3%, intensifica a variação que havia sido observada no mesmo período de 2014 (-2,2%). Vale ressaltar que a perda de ritmo no fluxo de leves também tem ocorrido, embora de forma menos acentuada. Nesta mesma comparação dos últimos doze meses, temos aumento do fluxo de 0,9%, ante 4,8% que havia sido registrado no mesmo período de 2014, refletindo, em grande medida, a piora do quadro no mercado de trabalho, marcado por elevação do desemprego e diminuição dos rendimentos”, explica Bacciotti.


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