Índice ABCR cresce 2,1% em março
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O índice ABCR referente a março de 2022 apresentou alta de 2,1% no comparativo com fevereiro, considerando os dados dessazonalizados. O índice que mede o fluxo pedagiado de veículos nas estradas é construído pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias-ABCR juntamente com a Tendências Consultoria Integrada.

Mantida a comparação mensal dessazonalizada, o índice de fluxo pedagiado de veículos leves apresentou alta de 2,7%, enquanto o índice de pesados cresceu 0,5%.

Comparado ao mesmo período de 2021, o índice total aumentou 22,2%, impulsionado, em grande medida, pela alta de 31,4% de leves e, em menor medida, pelo crescimento de 2,2% de pesados.

Nos últimos doze meses, o índice total acumula avanço de 11,9%, fruto do aumento de 14,1% dos veículos leves e 6,1% de pesados.

“Do ponto de vista econômico, a trajetória recente de expansão de leves tem sido favorecida pela maior segurança das famílias com o quadro sanitário”, comenta o analista de Macroeconomia e Política da Tendências Consultoria, Thiago Xavier. “Por outro lado, do ponto de vista macroeconômico, as pressões inflacionárias que elevam o comprometimento da renda das famílias, o baixo crescimento salarial e o encarecimento do crédito atuam como importante limitadores às decisões de gastos das famílias, como de viagens à passeio. Além disso, os recentes reajustes de preço dos combustíveis também são outro entrave à evolução do segmento”.

Já o fluxo de veículos pesados apresentou recuperação nos últimos dois meses, sinalizando, porém, menor dinamismo ao longo das últimas pesquisas. “Tal desempenho está associado à conjuntura adversa do setor industrial, tanto do ponto de vista da produção – com aumento de custos dos insumos e logísticos -, como da demanda, considerando que parte das famílias de maior classe de renda têm direcionado maior parte dos seus recursos para serviços (como bares e restaurantes, antes operando parcialmente), enquanto as famílias de menor rendimento foram desproporcionalmente afetadas pelas pressões inflacionárias”, finaliza.

Índice ABCR Brasil


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