Encontro contou com a participação de representantes das entidades e empresários do setor
Ontem (11) foi realizada por videoconferência a reunião da &Logística com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), sobre o impacto da mistura do biodiesel no diesel.
Isso porque, o Conselho Nacional de Energética (CNPE), por meio da Resolução nº 16/18, que dispõe sobre a evolução da adição obrigatória de biodiesel ao óleo diesel vendido ao consumidor final, criou o cronograma estabelecendo as próximas evoluções da adição obrigatória a partir de 1º de março de 2021.
Atualmente, o biodiesel, que é produzido a partir de óleos vegetais, gorduras e resíduos como o óleo de cozinha usado, equivale a 12% na mistura do diesel que é comercializado no Brasil e há uma previsão de que em março de 2021 passe para 13%.
Durante o encontro, foram abordadas questões sobre problemas decorrentes do aumento do teor de biodiesel, entre eles: nas bombas de combustível, bicos injetores, dificuldade na partida e até mesmo na redução da vida útil do veículo. O biodiesel é um biocombustível líquido considerado uma fonte de energia renovável, que substitui o uso de fósseis, produzido a partir de fontes vegetais ou animais.
O presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, o vice-presidente da entidade, Eduardo Rebuzzi juntamente com o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes e o diretor técnico da entidade, Henry Joseph Junior foram os mediadores do evento e pontuaram questões importantes sobre a temática.
Francisco Pelucio, ao abrir o evento aproveitou a oportunidade para agradecer a todos que auxiliaram com o setor de cargas, “esse ano foi uma luta, nunca tínhamos presenciado nada parecido como essa pandemia, mas desde o início nos manifestamos para garantir o abastecimento do país. Tivemos muita dificuldade nas entregas, mas graças ao setor, nossas entidades, e, até mesmo a população que apoia os motoristas nas , estamos conseguindo enfrentar esse momento difícil”.
“É muito relevante para a Anfavea compartilhar sobre o programa do biodiesel nacional. A indústria automotiva alerta sobre o que ela está trazendo para o transporte. A medida que esse programa avança estamos nos deparando com problemas técnicos. O mau funcionamento dos injetores, problemas de partidas, aumento da substituição de peças, o resultado desse cenário é um prejuízo para o consumidor. Nós trabalhamos para os nossos clientes, por isso é importante estarmos aqui”, ressaltou o Luiz Carlos Moraes, sobre a importância da reunião.
Os dados sobre os assuntos e as considerações técnicas, foram apresentadas pelo diretor técnico da Anfavea, Henry Joseph comentando sobre o impacto do biodiesel “estamos tratando de um novo combustível voltado para os veículos que já estão em circulação. No caso do Brasil, requer um cuidado na sua introdução no mercado brasileiro. Não pode se adotar e colocar em risco a frota e o transporte de cargas, sendo que o Brasil necessita muito do transporte ”.
Segundo o vice-presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi, o encontro foi projetado pela necessidade do encaminhamento do tema ao governo, “A questão do biodiesel no Brasil é grave, demandando uma atenção maior das políticas públicas, não somos contra o seu uso, visto sua importância ambiental, mas estamos debatendo o impacto que vem causando para o transporte de cargas”.
O vice-presidente da Fetrancesc, Dagnor Roberto Schneider um dos articuladores do encontro, ressaltou “É importante que o transportador entenda tecnicamente o que envolve o transporte de cargas, para mobilizar o setor e assim, evitar acidentes nas rodovias”.
Ao final do encontro, os participantes puderam tirar dúvidas e explorar melhor sobre os assuntos abordados. A NTC&Logística irá acompanhar de perto o assunto, trazendo mais informações, deixando o transportador cada vez mais informado.
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