Ilan Goldfajn é confirmado como novo presidente do Banco Central
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17 de Maio de 2016 – 04h55 horas / O Estado de S.Paulo

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmou ontem (17) que o economista Ilan Goldfajn é o nome indicado para comandar o Banco Central. Alexandre Tombini, que pode continuar integrando o governo, permanecerá à frente da autoridade monetária até o nome de Ilan ser aprovado pelo Senado Federal.

 

Segundo Meirelles, a missão de Ilan Goldfajn será coordenar a execução da política monetária e cambial. Ele confirmou que o presidente da autarquia deixará de ser ministro, mas terá prerrogativa de foro especial por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição.

 

“Esta PEC vai propor que seja colocado na Constituição a autonomia técnica e decisória do BC”, garantiu, antes de ressaltar que “isso é muito importante porque mantém o que prevaleceu do ponto de vista prático, a autonomia de decisão”. O substituto de Tombini não estava ao lado de Meirelles na coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira porque ainda não chegou a Brasília.

 

Perfil

 

Até a oficialização do convite por Meirelles, Ilan ocupava o posto de economista-chefe e sócio do Itaú Unibanco. A transição de cargo, com Alexandre Tombini, deve ser gradual e levar cerca de um mês.  Economista, com mestrado pela PUC-Rio e doutorado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), Ilan foi consultor do Banco Mundial, do FMI e das Nações Unidas, além do governo brasileiro e do setor privado.

 

Exerceu o cargo de diretor de Política Econômica do Banco Central, entre 2000 e 2003, durante a gestão de Armínio Fraga, quando foi adotado o sistema de metas para a inflação. Foi também diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa em Economia da Casa das Garças (IEPE-CdG), entre 2006 e 2009, sócio-fundador da Ciano Consultoria (2008 e 2009), sócio-fundador e gestor da Ciano Investimentos (2007-2008) e sócio da Gávea Investimentos (2003-2006).

 

Em 1999, passou a fazer parte do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), atuando até o fim de 2008 como professor do Curso de Mestrado em Finanças Internacionais e em Macroeconomia. No FMI, sua atuação foi entre 1996 e 1999. Foi ainda professor assistente na Universidade de Brandeis, em Massachusetts, em 1995 e 1996, e membro do Conselho de Administração da Cyrela Commercial Properties de abril de 2007 a abril de 2013.

 

Ilan assume o cargo mais alto do BC aos 50 anos de idade. Em abril deste ano, em coluna publicada pelo jornal O Globo, defendeu que a autoridade monetária reduza a taxa básica de juros, a partir da observada trajetória de queda da inflação. Ponderou que o corte não deve ser feito no primeiro semestre, sob o risco de gerar "otimismos exagerados" no mercado financeiro. Para ele, é preciso primeiro garantir a redução da inflação.


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