IBC-Br teve alta de 1,7% em fevereiro, no teto das projeções
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Conhecido como uma espécie de ‘prévia do PIB’, indicador do BC cresceu pelo décimo mês seguido

A atividade econômica brasileira avançou pelo décimo mês consecutivo e teve alta de 1,7% em fevereiro, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 19, pelo Banco Central

O número foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de compensação para comparar períodos diferentes. Em janeiro, o avanço havia sido de 1,25% (dado revisado).

Os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, percebidos em fevereiro do ano passado, se intensificaram em todo o mundo a partir de março. Para conter o número de mortos, o Brasil adotou o isolamento social em boa parte do território, o que impactou a atividade econômica. Os efeitos negativos foram percebidos principalmente em março e abril de 2020. Após este período, o IBC-Br passou a reagir.

Mas com a segunda onda, registrada com mais intensidade a partir de março de 2021, analistas indicam que deve haver novo impacto na atividade.

De janeiro para fevereiro de 2021, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 140,85 pontos para 143,24  pontos na série dessazonalizada. Este é o maior patamar desde março de 2015 (143,89 pontos). O patamar registrado antes da pandemia (139,98 pontos em fevereiro de 2020) já havia sido superado em janeiro deste ano.  

A alta do IBC-Br ficou no teto do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam resultado entre estabilidade e alta de 1,7%.

Na comparação entre os meses de fevereiro de 2021 e fevereiro de 2020, houve alta de 0,98% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 135,96 pontos em fevereiro.

Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2021 é de alta de 3,6%.

Os resultados do IBC-Br são considerados uma “prévia do PIB”. Porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto.

O cálculo dos dois é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. 


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