Greve dos caminhoneiros diminuiu produtividade da indústria, diz CNI
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10 de Outubro de 2018 – 16h50 horas / Agência Brasil

A greve dos caminhoneiros, que paralisou o transporte rodoviário de cargas por 11 dias no final de maio, diminuiu a produtividade do trabalho da indústria no segundo trimestre. Segundo estudo divulgado nesta terça-feira (9) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador recuou 3,4% de abril a junho na comparação com o trimestre anterior (janeiro a março).

 

De acordo com a CNI, a queda interrompeu a tendência de alta observada desde o segundo trimestre de 2016. A entidade, no entanto, informou que a queda foi atípica e que a produtividade da indústria deve voltar a crescer nos próximos trimestres, refletindo o aumento da eficiência dos últimos anos.

 

Mesmo com o recuo no segundo trimestre deste ano, a produtividade do trabalho na indústria de transformação acumula crescimento de 5,5% na comparação entre o primeiro trimestre de 2016 e o segundo de 2018. Segundo a CNI, o indicador acumula alta de 9,1% nos últimos cinco anos (2012–2017).

 

Comparação

No ano passado, a produtividade do trabalho na indústria cresceu 4,3% e ficou 2,3% superior à média dos principais parceiros comerciais do Brasil em 2017. No grupo de países que comerciaram com o Brasil, apenas a Coreia do Sul registrou crescimento maior: 5,8%. A Holanda apresentou desempenho semelhante ao brasileiro (aumento de 4,2% da produtividade), seguidos por Argentina (3,8%) e pelo Japão (3,3%). A produtividade do trabalho é medida como o volume produzido dividido pelas horas trabalhadas na produção.

 

O crescimento de 9,1% da produtividade do trabalhador na indústria brasileira entre 2012 e 2017 foi igual ao da Coreia do Sul. Apenas França, Alemanha e Holanda, com ganho de produtividade em torno de 10%, superaram os dois países. No entanto, no acumulado da década, de 2007 a 2017, a produtividade da indústria nacional acumula queda de 1,8% em relação à média dos parceiros.

 

De acordo com a CNI, mesmo com o crescimento na comparação com os parceiros comerciais nos anos mais recentes, o Brasil precisa avançar mais. Para a entidade, o país precisa superar gargalos para melhorar a competitividade, como o aumento da qualidade da educação e a ampliação dos investimentos em ciência e tecnologia.


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