A taxa de juros também caiu na mesma proporção para o Procaminhoneiro, programa que contempla empresas de pequeno porte ou autônomos. Já para ônibus, incluindo híbridos, o governo manteve a taxa de juros em 5,5%, mas esticou sua vigência de 31 de agosto para 31 de dezembro.
A princípio, as medidas anunciadas devem causar efeito não muito positivo para o mercado de caminhões, pelo menos neste mês. A exemplo do que aconteceu no fim de maio, os contratos deverão ser reprocessados para que sejam incluídos nas novas taxas, o que demanda tempo até o faturamento efetivo dos veículos.
Segundo Mantega, o PSI, criado em 2009, desembolsou até o momento R$ 149 bilhões dos R$ 227 bilhões disponíveis para o Programa (dados de julho 2012).
O pacote de benefícios para caminhões inclui ainda a depreciação acelerada para compras até 31 de dezembro, que possibilita a redução do cálculo do imposto de renda e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). A medida acelera a depreciação aplicando o dobro do porcentual normal da depreciação, hoje em 25%, reduzindo de 48 meses para 12 meses. A medida também é válida para vagões.
Na prática, significa que as compras de caminhões e vagões entre 1º de setembro de 2012 e 31 de dezembro de 2012 terão depreciação já em 2013 e não mais em 48 meses. O ministro informa que o impacto desta medida será de R$ 586,04 milhões em 2013 e que ela será publicada como medida provisória (MP) até sexta-feira, 31.
BENS DE CAPITAL
Dentre as ações, o governo também reduziu de 5,5% para 2,5% ao ano a taxa de financiamento para máquinas e equipamentos adquiridos via Finame BNDES. O prazo de vigência foi prorrogado, de 31 de agosto para 31 de dezembro.
“É a melhor taxa já conferida para o setor de máquinas, que poderão ser adquiridas por todo o sistema produtivo, desde agrícola até indústria”, disse.
O setor também ganhou nova linha de financiamento no valor de R$ 1 bilhão para refinanciar bens de capital usados, que inclui equipamentos, máquinas, tratores, carretas, cavalos mecânicos e até aeronaves. A linha será regida pelo BNDES pela Taxa de Juros a Longo Prazo (TJLP).
O governo calcula que a redução da taxa de juros para o setor de bens de consumo signifique renúncia fiscal de R$ 1,1 bilhão. No total, somando todas os itens, incluindo a prorrogação do IPI para automóveis, a renúncia fiscal somará R$ 1,6 bilhão em 2012 e R$ 3,9 bilhões em 2013, segundo Mantega.
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