Governo publica estratégia nacional de mitigação climática envolvendo sete setores da economia
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Na última sexta-feira, 18, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima divulgou a versão final da Estratégia Nacional de Mitigação e seus sete planos setoriais, que visam a redução das emissões de gases de efeito estufa no Brasil. A partir de 28 de julho, os documentos estarão disponíveis para consulta pública, e a sociedade poderá enviar sugestões até 18 de agosto.

O objetivo do governo é garantir a efetividade dessas propostas, buscando a contribuição de instituições públicas e privadas para moldar as ações de mitigação que serão implementadas nos próximos anos. Esta será a última etapa de participação antes da implementação da estratégia.

O Brasil, diferente da maioria dos países, apresenta uma peculiaridade em relação às suas emissões de gases de efeito estufa. O desmatamento, especialmente na Amazônia, é o principal responsável pela emissão de gases no país, seguido pela agropecuária, particularmente a fermentação entérica do gado. Em terceiro lugar, aparece o setor de energia, devido à queima de combustíveis fósseis na indústria e nos transportes.

Redução de emissões

Dados apontam que o Brasil tem conseguido reduzir suas emissões até 2018, principalmente pela diminuição do desmatamento. A Amazônia, principal bioma do país, registrou uma queda de 50% nos números de desmatamento a partir de 2023. No entanto, na comparação com 2024, o primeiro semestre de 2025 registrou alta de 27% em alertas, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

O país conta com a meta de emissões líquidas zero até 2050.

Além da redução do desmatamento, o governo trabalha com diferentes alternativas de mitigação. A estratégia inclui ações no campo da agropecuária de baixo carbono, o aumento da eficiência energética, o uso de hidrogênio verde, a oferta de combustíveis de baixa emissão e a melhoria da gestão de resíduos sólidos.

Os planos setoriais são fundamentais para atingir essas metas. Eles contemplam áreas como agricultura e pecuária, conservação da natureza, cidades e mobilidade urbana, energia e mineração, indústria, resíduos sólidos e efluentes domésticos, e transportes. Para cada setor, são definidas metas específicas para 2030 e 2035, com ações e programas concretos para alcançar essas metas, incluindo fontes de financiamento e métodos de monitoramento.

A consulta pública, que começa em 28 de julho, possibilita que a sociedade contribua com sugestões que possam melhorar os planos setoriais e garantir que as ações definidas atendam às necessidades reais do país.


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