O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, disse que o governo vai propor a concessão de rodovias federais a empresas privadas que ficariam responsáveis apenas pela manutenção delas.
Pela proposta, portanto, as concessionárias não precisariam fazer grandes investimentos como, por exemplo, na duplicação desses trechos. Entre as obrigações estariam trabalhos de tapa-buraco e manutenção da sinalização. A remuneração viria a cobrança de pedágio, mas com tarifas mais baixas.
"Haverá a cobrança de pedágio, um pedágio bem mais módico, com um fundo para compensação, que está sendo definido. Estamos definindo, por exemplo, de onde vai vir os recursos", disse.
Segundo o ministro, as concessões teriam ainda prazo menor, de no máximo 10 anos, enquanto nas concessões padrão esse prazo gira em torno de 30 anos. Seriam destinados ao programa trechos de rodovias que não demandam grandes investimentos como duplicação.
Até 20 mil quilômetros de estradas
Segundo o ministro, o novo modelo pode envolver de 10 mil a 20 mil quilômetros de rodovias. Hoje o trabalho de manutenção é feito pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável por cerca de 70 mil quilômetros de estradas federais. O Dnit, no entanto, tem sofrido com cortes orçamentários.
De acordo com Quintella, o orçamento do órgão foi de R$ 7,1 bilhões em 2016 e, até junho deste ano, o Dnit gastou R$ 3,4 bilhões.
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