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05 de Abril de 2018 – 15h21 horas / CNT

O principal problema das piores ligações rodoviárias do Brasil está relacionado à geometria da via. No total, 85,3% da extensão conjunta dos 15 trechos analisados no estudo Rodovias Esquecidas do Brasil – Transporte Rodoviário recebeu classificação regular, ruim ou péssimo pela Pesquisa CNT de Rodovias entre 2004 e 2017. O levantamento foi divulgado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) no dia 28 de março.

 

Na característica geometria da via, são avaliados o tipo de rodovia (pista simples ou dupla), a presença de faixa adicional de subida (terceira faixa), de pontes, de viadutos, de curvas perigosas e de acostamento. Entre os motivos que geraram o resultado sobre essa variável, estão a predominância de pista simples de mão dupla em 97,2% da extensão total, a falta de faixa adicional de subida (88,5%) e de acostamento (56,3%) e a ausência de dispositivo de proteção contínua em trecho onde ele é necessário (64,9%).

 

De acordo com o estudo, quatro ligações tiveram 100% da geometria da via classificada como insatisfatória na Pesquisa CNT de Rodovias 2017: Governador Valadares (MG) – João Neiva (ES); Jataí (GO) – Piranhas (GO); Marabá (PA) – Dom Eliseu (PA); e Rio Brilhante (MS) – Porto Murtinho (MS).

 

O estudo aponta ainda que 73,8% da extensão das ligações apresentou algum tipo de deficiência no pavimento. Foi constatado que a superfície da via de rolamento possuía desgastes, trincas, afundamentos, buracos, ondulações e remendos.

 

A sinalização, por sua vez, não foi considerada satisfatória em 61,7% do percurso dos trechos rodoviários selecionados entre 2004 e 2017. Colaborou para esse resultado o desgaste ou a inexistência da pintura da faixa central, observados em 45,8% da extensão das piores ligações, o que dificulta a visibilidade da delimitação do espaço de rolamento dos veículos.

 

“Deficiências na geometria da via, assim como no pavimento e na sinalização, podem ser significativas para a insegurança, aumentando a probabilidade de ocorrência de acidentes e o custo operacional para os transportadores. As melhorias na infraestrutura são essenciais para garantir condições adequadas de trafegabilidade a todos os usuários”, afirma o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista.


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