O sindicato se reuniu com representantes da empresa no início do mês para discutir a pauta da categoria, mas não houve acordo. Os grevistas pedem um reajuste de 10%, mas os Correios oferecem um porcentual de 5,27%, número abaixo da inflação anual do Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA), de 6,27%.
O presidente do Sintect-RJ, Marcos Sant Aguida, disse que além de reivindicar melhores salários, a categoria busca o fortalecimento da empresa. “Queremos que tenha uma entrega ampla em todo o território nacional, mais trabalhadores, mais infraestrutura de transporte e mais atendimento ao público. Nós colocamos 62 itens na reunião com os Correios“, afirmou.
No Rio, os sindicalistas formaram um piquete a fim de impedir a saída dos veículos com malotes de encomenda para entregas nesta quinta-feira. A categoria já programou uma assembleia para esta manhã, às 10 horas.
Protesto. Está prevista uma passeata dos grevistas na capital paulista durante a tarde. Eles devem sair do vão do MASP, na Avenida Paulista, às 15h, em direção à Agência Central dos Correios, no Vale do Anhangabaú.
Serviço. Os Correios informam que estão adotando várias ações preventivas para garantir a prestação de serviços à população em caso de paralisação dos trabalhadores. Por meio de nota, a assessoria de imprensa dos Correios reforça que, “somente após o início do expediente de hoje, poderá ser verificada a adesão à paralisação, por meio do ponto eletrônico“. Mas, segundo a empresa, se parte dos trabalhadores aderir à paralisação, serão colocadas em prática medidas do Plano de Continuidade de Negócios para garantir a entrega de cartas e encomendas e o atendimento em toda a rede.
“Entre as ações estão a realização de horas extras, mutirões para entrega nos fins de semana, deslocamento de empregados entre as unidades e contratações temporárias“, diz a nota dos Correios.
Em nota, os Correios informaram que estão em processo de negociação do acordo coletivo de trabalho com as entidades sindicais e continuam abertos ao diálogo, não havendo, portanto, justificativa para a paralisação. “A empresa ofereceu reajuste de 5,27% sobre os salários e benefícios. Este índice, somado à progressão anual concedida no ano passado, equivale ou ultrapassa os índices inflacionários do período, impedindo perdas aos trabalhadores“, informou a empresa.
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